O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta 2ª feira (23.out.2023) a entrega de 1.651 unidades do programa federal Minha Casa, Minha Vida, em 4 Estados diferentes do país. Ao todo, os empreendimentos tiveram investimento público de R$ 146 milhões. Até o fim do ano, a expectativa do governo federal é entregar 21.000 moradias na iniciativa.
O montante anunciado nesta 2ª feira contempla os Estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo e São Paulo. Confira abaixo o investimento em cada região:
- Santa Maria da Vitória (BA): 250 casas no Conjunto Habitacional Alto Paraíso. Investimento total de R$ 18,4 milhões do FDS (Fundo de Desenvolvimento Social);
- Maceió (AL): 384 casas no Residencial Mário Peixoto Costa I e II. Investimento total de R$ 30,7 milhões do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial);
- Aracruz (ES): 537 casas no Residencial Barra Riacho I a VI. Investimento total de R$ 37,5 milhões do FAR.
- São Vicente (SP): 480 casas nos módulos 1 a 4 do Residencial Tancredo Neves. Investimento total de R$ 59,6 milhões do FAR. O número contempla 179 novas moradias para as famílias atingidas por incêndio na Vila Gilda, em Santos (SP), em setembro deste ano.
O lançamento oficial contou com a participação on-line do presidente Lula, além dos ministros do governo Jader Filho, Simone Tebet, Renan Filho e Rui Costa.
Cada um deles contou com um momento separado para os próprios pronunciamentos. Todos criticaram a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e agradecimentos a Lula participação no que é uma das principais marcas da gestão petista.
“Eu tenho na minha consciência e na minha vida um sentimento do quão significativo é ter uma casa própria. Tem gente que não sente essas coisas porque não fez nenhum sacrifício ou não teve o prazer de viver numa situação em que não precisava viver de aluguel”, declarou Lula.
Discurso para classe média
O presidente defendeu, ainda, que aqueles que “vivem do próprio trabalho” não podem pagar aluguel, em um aceno para a classe média do país. Segundo o petista, esse grupo da sociedade não pode ser ignorado na formulação de políticas públicas do Estado, incluindo o Minha Casa, Minha Vida.
“Às vezes, construímos para o mais pobre, para o mais rico, e aquelas pessoas que trabalham e querem comprar uma casa própria não são atendidas porque não são tão miseráveis, tão pobres, mas também não têm dinheiro para comprar. Precisamos atender essa gente, essa gente que é a classe média, que paga imposto nesse país, que acorda cedo para trabalhar”, afirmou.
De Aracruz, no Espírito Santo, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, chegou a ser ovacionada pelo público, mas pediu que os aplausos se revertessem para “aquele que é o verdadeiro responsável pela concretização da casa própria”. Em seguida, puxou: “Lula, Lula, Lula”.
Já em Maceió, em Alagoas, o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o retorno do Minha Casa, Minha Vida simboliza o retorno de um governo “mais generoso, mais humano, que defende o interesse daqueles que mais precisam”.
De Brasília, o ministro das Cidades, Jader Filho, criticou a gestão Bolsonaro pelo que chamou de “descontinuação do maior programa habitacional da história do país“. Disse que foi preciso Lula voltar ao poder “para a questão habitacional voltar a ser uma prioridade”. Ao longo do seu governo, o ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a lançar o próprio projeto habitacional, o Casa Verde Amarelo, considerado uma repaginação do Minha Casa, Minha Vida.
“Vamos entregar até o fim deste ano 21.000 unidades. Até aqui, já retomamos 19.000 construções que estavam paradas e até o fim do ano vamos retomar até 30.000 unidades. Nossa perspectiva é encerrar a gestão com o anúncio de 2 milhões de unidades habitacionais e mais de 8 milhões de empregos diretos e indiretos gerados pelo Minha Casa, Minha Vida”, declarou Jader Filho.