A embaixada de Israel no Brasil disse, em nota, que o Hamas, grupo que comanda os ataques ao território israelense, é um “ramo” do regime político dos aiatolás do Irã.
“As organizações terroristas são um ramo do regime do Aiatolá no Irã, que promove proativamente atividades terroristas em Israel e contra alvos israelenses e judaicos em todo o mundo. Os residentes da Faixa de Gaza não são inimigos de Israel, mas sim as organizações terroristas que operam consciente e deliberadamente a partir de concentrações populacionais e adjacentes a edifícios e instituições humanitárias e fazem uso cínico delas“, disse. Eis a íntegra da nota (PDF – 96 kB).
Segundo a embaixada, as ações do Hamas, considerado por uma série de países como uma organização terrorista, não representa o sentimento da população da Faixa de Gaza.
“O ataque prova mais uma vez, se houvesse alguma dúvida, que o Hamas não está interessado na segurança e no bem-estar dos cidadãos da Faixa de Gaza como tais, e os encara como nada mais do que brinquedos em seus esforços para prejudicar e ferir os cidadãos de Israel“, disse.
Segundo o porta-voz da embaixada no Brasil, Or Shaul Keren, a resposta de Israel visa a “neutralizar” completamente a possibilidade de algo como o que aconteceu mais cedo volte a acontecer. “Continuaremos até que a população toda esteja a salvo“, disse.
Keren disse que Israel está evacuando as cidades e vilarejos alvos do ataque. E que o rastro de sangue pelas cidades não tem precedentes. “Há corpos jogados no chão indistintamente. A visão é terrível. Pedimos aos brasileiros que rezem por nós“, disse.
Estado de guerra
Israel declarou “estado de alerta para guerra” depois de um ataque surpresa do Hamas neste sábado (7.out). O incidente deixou pelo menos 22 mortos e quase 300 feridos, segundo o jornal Times of Israel.
Assista ao pronunciamento de Netanyahu (1min1s):
Integrantes do grupo radical islâmico palestino se infiltraram em território israelense e foguetes foram disparados a partir da Faixa de Gaza. Sirenes foram ouvidas em diversas cidades do centro e do sul do país, entre elas, Jerusalém.
A IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel) disse que o Hamas “enfrentará as consequências e a responsabilidade por estes acontecimentos”. O órgão informou no X (antigo Twitter) que foi lançada “uma operação em grande escala para defender os civis israelenses”. A operação foi chamada de “Espada de Ferro”.
Foram relatados tiroteios em cidades do sul do país. É o maior ataque a Israel em anos. Segundo o comandante militar do Hamas, Mohammad Deif, 5.000 foguetes foram lançados. Ele pediu que palestinos de todo o mundo lutassem. “Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação na Terra”, disse, citado pela agência Reuters.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está em “em guerra”, mas sairá vencedor. “O inimigo pagará um preço como nunca conheceu antes”, afirmou em vídeo divulgado em suas redes sociais.
O ataque se dá 1 dia depois de Israel assinalar o 50º aniversário da guerra de 1973, quando houve um ataque surpresa das forças egípcias e sírias sobre as fronteiras norte e sul do país.