Os EUA disseram na 2ª feira (23.out.2023) que o Irã estava, em alguns casos, “ativamente facilitando” ataques de foguetes e drones por grupos apoiados pelo Irã em bases militares dos EUA no Iraque e na Síria. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional na Casa Branca, John Kirby, afirmou que houve um aumento deste tipo de investidas na semana passada e, em especial, nos últimos dias.
“Sabemos que o Irã continua apoiando o Hamas e o Hezbollah. E sabemos que o Irã está acompanhando de perto estes acontecimentos”, disse, em referência à guerra entre Israel e o Hamas. Segundo Kirby, o Irã estaria “incentivando outros que possam querer explorar o conflito para o seu próprio bem ou para o do Irã”.
Kirby disse que os EUA não permitirão “que qualquer ameaça” aos interesses do país na região “permaneça incontestada”. Segundo ele, o presidente norte-americano, Joe Biden, instruiu que as tropas do país se posicionem de “forma adequada” para serem capazes de se defender e “de responder de forma decisiva conforme necessário”.
O porta-voz afirmou: “Como disse o presidente Biden, a nossa mensagem a qualquer interveniente hostil que procure escalar ou ampliar este conflito é muito simples: não o faça”.
Os Estados Unidos são o país que mais têm apoiado Israel depois dos ataques do Hamas. O país já mandou 2 porta-aviões à região. O envio das embarcações pode ser interpretado como um sinal para que Irã e o Hezbollah, que apoiam o grupo extremista palestino, fiquem de fora do conflito.
No sábado (21.out.), os EUA anunciaram que vão enviar mais sistemas de defesa antimísseis para a região e colocar tropas em prontidão. A medida, conforme comunicado (íntegra, em inglês – PDF – 58 kB), foi tomada por causa das “recentes escaladas do Irã e de suas forças aliadas em toda a região”.
Segundo o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, o objetivo é aumentar “a proteção das forças dos EUA na região” e ajudar “na defesa de Israel”.