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Jovem soube que avó morreu porque Hamas postou imagens do corpo

Publicado 11.10.2023, 22:55
Atualizado 11.10.2023, 23:41
Jovem soube que avó morreu porque Hamas postou imagens do corpo
META
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Durante o ataque a Israel no último sábado (7.out.2023), integrantes do Hamas mataram uma idosa israelense e registraram sua execução em vídeo. As imagens foram compartilhadas pelo grupo extremista no perfil da vítima no Facebook (NASDAQ:META).

Os parentes de Blacha Levenson souberam do ataque do Hamas em Israel quando viram o vídeo na rede social. Os registros mostravam a idosa “cercada de sangue com homens armados” à sua volta. Seu neto, Yoav Bayder, que mora no Canadá, diz ter ficado “incrédulo” ao assistir os registros enquanto verificava se o resto da família estava segura após relatos iniciais de mísseis disparados ao sul de Israel no sábado (7.out).

Segundo o jornal britânico The Telegraph, a comunidade judaica de Nir Oz, a cerca de 1 km de Gaza, onde a idosa estava, teria sido um dos primeiros alvos do Hamas. Crianças e idosos teriam sido executados “à queima-roupa” por homens armados com fuzis AK-47. Há relatos de que outros integrantes da comunidade foram raptados e mulheres “estupradas” pelo grupo extremista.

Em uma publicação no Facebook, Adi Bayder, neta de Blacha Levenson, diz que a avó estava “acostumada com os alarmes”, mas que os familiares ligaram “para ter certeza de que ela estava bem e em um local seguro”.

“Foi apenas alguns minutos antes do incidente. Ela nos disse que estava bem e que não tinham recebido instruções especiais. Poucos minutos depois, soubemos […] Em um ato horrível, o terrorista filmou tudo e postou em sua página no Facebook”, escreveu.

“Minha avó era a mulher mais gentil que conheço. Ela era o alicerce de nossa família, ela me salvou e toda a minha família. Ela tinha um coração de ouro que só se concentrava no bem da vida. Ela nunca fez mal a ninguém. Nunca pensei que passaria por algo assim”, acrescentou Bayder.

O grupo extremista Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro. As forças israelenses responderam com bombardeios em alvos na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou no domingo (8.out) guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo.

O número de mortes por conta do conflito armado entre Israel e o grupo extremista Hamas chegou a 2.300. Desses, 1.100 são palestinos, segundo dados divulgados nesta 4ª feira (11.out.2023) pelo Ministério da Saúde da Palestina, e pelos menos 1.200 são israelenses, conforme a Defesa de Israel.

ENTENDA O CONFLITO

Embora seja o maior conflito armado na região nos últimos anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas. Os 2 grupos reivindicam o território, que possui importantes marcos históricos e religiosos para ambas as etnias.

O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Possui um braço político e presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária, mas a organização é mais conhecida pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza.

O grupo assumiu o poder na região em 2007, depois de ganhar as eleições contra a organização política e militar Fatah, em 2006.

A região é palco para conflitos desde o século passado. Há registros de ofensivas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021 entre Israel e Hamas, além da 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948), a Crise de Suez (1956), Guerra dos 6 Dias (1967), 1ª Intifada (1987) e a 2ª Intifada (2000). Entenda mais aqui.

Os atritos na região começaram depois que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez a partilha da Palestina em territórios árabes (Gaza e Cisjordânia) e judeus (Israel), na intenção de criar um Estado judeu. No entanto, árabes recusaram a divisão, alegando terem ficado com as terras com menos recursos.

ATAQUE A ISRAEL

O Hamas, grupo radical islâmico de orientação sunita, realizou um ataque surpresa a Israel no sábado (7.out). Israel declarou guerra contra o Hamas e começou uma série de ações de retaliação na Faixa de Gaza, território palestino que faz fronteira com Israel e é governado pelo Hamas.

Os ataques do Hamas se concentram, até o momento, ao sul e ao centro de Israel. Caso o Hezbollah faça novas investidas na fronteira com o Líbano, um novo foco de combate pode se estabelecer ao norte de Israel.

O tenente-coronel israelense, Richard Hecht, afirmou que o país “olha para o Norte” e que espera que o Hezbollah “não cometa o erro de se juntar [ao Hamas]”.

Saiba mais sobre a guerra em Israel:

  • o grupo extremista Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro e assumiu a autoria dos ataques no dia seguinte;
  • cerca de 2.000 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza. Extremistas também teriam se infiltrado em cidades israelenses –há relatos de sequestro de soldados e civis;
  • Israel respondeu com bombardeios em alvos na Faixa de Gaza;
  • o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou (8.out) guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo;
  • líderes mundiais como Joe Biden e Emmanuel Macron condenaram os ataques –entidades judaicas fizeram o mesmo;
  • Irã e o grupo extremista Hezbollah comemoraram a ação do Hamas –saiba como é o interior de túneis usados pelo Hezbollah na fronteira entre o Líbano e Israel;
  • o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, determinou na 2ª feira (9.out) um “cerco completo” à Faixa de Gaza. Segundo a ONU, ação é proibida pelo direito humanitário internacional;
  • O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky comparou o conflito à guerra na Ucrânia. Afirmou que o Hamas é uma “organização terrorista”, enquanto a Rússia pode ser considerada um “Estado terrorista”;
  • Lula chamou os ataques do Hamas de “terrorismo”, mas relativizou episódio;
  • Haverá uma operação do governo para repatriar brasileiros em áreas atingidas pelos ataques. Serão 5 voos para buscar 900 pessoas. O 1º avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para resgate pousou em Tel Aviv nesta 3ª feira (10.out). A operação deve ser concluída na 5ª feira (12.out);
  • Embaixada de Israel no Brasil chamou Hamas de “ramo” do regime iraniano;
  • Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, também se pronunciaram e fizeram apelo pela paz;
  • Bolsonaro (PL) repudiou os ataques e associou o Hamas a Lula;
  • O Itamaraty confirmou a morte de 1 brasileiro, outro 2 seguem desaparecidos;
  • ENTENDA – saiba o que é o Hamas e o histórico do conflito com Israel;
  • ANÁLISE – Conflito é entre Irã e Israel e potencial de escalada é incerto;
  • OPINIÃO – Dias incertos para o mercado de petróleo, escreve Adriano Pires;
  • FOTOS E VÍDEOS – veja imagens da guerra na playlist especial do Poder360 no YouTube.

Leia também:

  • Chega ao Brasil 1º avião trazendo brasileiros de Israel;
  • Brasileiros repatriados relatam terror em meio a ataques em Israel;
  • Número de deslocados na Faixa de Gaza ultrapassa 260 mil, diz ONU;
  • Israel diz ter destruído sistema de defesa do Hamas;
  • Israel bombardeia sul do Líbano após ataques do Hezbollah;
  • Embaixador de Israel pede pressão para Hamas libertar reféns;
  • Governo negocia com Egito repatriação de brasileiros;
  • Itamaraty não confirma a existência de brasileiros reféns em Gaza;
  • Governo brasileiro negocia saída de 30 pessoas de Gaza;
  • Brasil pede que Egito receba ônibus com brasileiros de Gaza;
  • Netanyahu e oposição anunciam “governo de emergência” em Israel.

Leia mais em Poder360

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