O jornal francês Le Monde descreveu a primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, como a “vice-presidente“ do país em publicação na 2ª feira (31.out.2023). Um artigo do veículo de comunicação detalha o 1º ano de atuação da mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a chama de “sucessora” do petista no poder.
O texto afirma que, antes de Janja, a maioria das primeiras-damas eram “apagadas e marginalizadas”, com exceção de Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Janja é tudo menos uma primeira-dama decorativa”, afirmou o cientista político Claudio Couto ao jornal.
O Le Monde cita como exemplo a ida da primeira-dama ao Rio Grande do Sul pouco tempo depois de o Estado enfrentar a passagem de um ciclone extratropical que deixou cidades completamente destruídas pela região.
Na época, Lula passava por uma cirurgia no quadril e estava afastado das agendas oficiais. Em vez de enviar o vice-presidente Geraldo Alckmin ao local, porém, o chefe do Executivo delegou a tarefa para Janja.
A primeira-dama ainda é descrita como uma mulher de “papel político muito ativo”, ao tomar frente de iniciativas que combatem, por exemplo, o feminicídio.
O artigo também destaca o papel que cumpriu na composição da Esplanada, ao indicar o nome de Margareth Menezes para o Ministério da Cultura e ser atendida.
“Janja é a personalidade mais próxima de Lula, uma das poucas que podem substituí-lo simbolicamente”, disse Couto para o jornal.