🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Legislatura termina com concentração inédita de poder em Lira e Pacheco

Publicado 15.08.2022, 17:40
© Reuters

Brasília - O atual Congresso encerra a legislatura com mais uma marca. Além de ser o que mais alterou a Constituição desde 1988 e o que mais manejou recursos da União, com a criação do orçamento secreto, também é o que mais concentrou poderes nas mãos dos presidentes da Câmara e do Senado, algo sem comparação com outros 11 países democráticos.

Desde 1988, os congressistas brasileiros desenharam um modelo altamente centralizado das decisões do Parlamento. O que significa que um pequeno grupo formado pelos dirigentes da Câmara e do Senado e os líderes partidários tomam decisões pelo todo. Essa organização explica a frustração de muitos parlamentares de primeiro mandato que atuam como coadjuvantes.

Sob os comandos do deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) e do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o poder decisório ficou ainda mais concentrado. A agenda é elaborada pelos dois dirigentes sem a concordância do colégio de líderes e projetos passaram a ser votados no plenário pulando a discussão nas comissões, onde debates são aprofundados.

Uma das mudanças promovidas pelo Congresso atual que aumentaram a concentração de poder nas mãos da cúpula ocorreu nas medidas provisórias. Esse tipo de norma é assinada pelo presidente da República e entra em vigor imediatamente, mas precisa do aval do Congresso para se tornar lei.

MP

Historicamente, as MPs foram usadas pelos presidentes para comandar a pauta legislativa. No governo de Jair Bolsonaro (PL) elas se desidrataram. Antes, as propostas passavam por comissões e trancavam a pauta da Câmara e do Senado, entrando na frente de outros projetos, se não fossem votadas. Após a pandemia de covid-19, as comissões sofreram apagão e as medidas começaram a ser analisadas diretamente no plenário, ficando nas mãos do presidente da Câmara dar o pontapé da análise ou engavetar o texto. Só em 2021, 31 normas assinadas por Bolsonaro perderam eficácia. Há dez anos, foram três.

Mesmo com um protagonismo maior, o Brasil ainda não está entre aqueles países onde o Legislativo tem o monopólio para produzir as leis, como Chile, Estados Unidos e México, e onde o Orçamento votado pelos parlamentares é blindado de cortes do Executivo, situação verificada nos EUA, no Peru e na Turquia. Os americanos e turcos têm um poder ainda maior e aprovam até mesmo os secretários (o equivalente aos nossos ministros).

O Congresso se aproxima do Legislativo de outros sete países com autonomia financeira, poder de convocar membros do Executivo e fiscalizar o governo federal. Estão na lista Argentina, Chile, Colômbia, EUA, México, Peru e Turquia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.