O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ter uma ligação com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na 4ª feira (7.ago.2024). A possibilidade ainda não foi confirmada pela diplomacia brasileira, mas as negociações seguem entre os 2 países. Havia ainda a chance de que essa ligação fosse feita em conjunto também com os presidentes de Colômbia, Gustavo Petro, e México, López Obrador.
Desde ao menos a última 5ª feira (1º.ago), Maduro já havia comunicado ao Brasil sua vontade de conversar ao telefone com o petista. Este, entretanto, evitou qualquer contato direto apostando em pressionar diplomaticamente a Venezuela para divulgar os dados detalhados da eleição no país.
O “gelo” tenta evitar mais repercussões negativas para os posicionamentos feitos pelo petista a respeito da eleição no país. Com a resistência venezuelana aos apelos do Itamaraty e a autoproclamação de vitória do opositor Edmundo González, a conversa voltou a ganhar força.
Na 3ª feira (30.jul), Lula disse não haver “nada de anormal” no pleito. “Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e a Justiça faz”, afirmou em entrevista.
No domingo (4.ago), o petista embarcou para uma visita de Estado ao Chile. Ao lado de Gabriel Boric, disse defender que haja transparência dos resultados da eleição presidencial realizada na Venezuela em 28 de julho.
Ele afirmou que o “respeito pela tolerância e pela soberania” e o “compromisso com a paz” é o que o faz pedir ao governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, diálogo e entendimento com a oposição. O líder chileno se absteve de falar sobre o assunto: “Essa visita se trata da relação Chile e Brasil”.
A promessa foi descumprida porque Lula encerrou viagem de 2 dias ao Chile nesta 3ª feira (6.ago), depois de participar do lançamento da pedra fundamental do centro espacial chileno, em Santiago. Ao deixar o local, o petista não quis responder a perguntas de jornalistas sobre o atual cenário da Venezuela.