Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e dos Estados Unidos, Joe Biden, defenderam a atuação dos sindicatos ao lançarem a “Parceria pelo direito dos trabalhadores” em Nova York. Ambos estão na cidade para a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). O norte-americano afirmou que sua administração é a mais favorável aos sindicatos da história, enquanto o petista disse que sem esses órgãos não há democracia.
“Queremos criar quem sabe um novo marco de funcionamento na relação capital e trabalho. Uma relação do século 21, civilizada, mas atendendo inclusive a fala do presidente Biden, todas as pessoas que acreditam que sindicado fraco vai fazer com que o empresário ganhe mais, que o país fique melhor, está enganado. Não há democracia sem sindicato forte”, disse Lula.
Biden falou 1º, mas manteve o mesmo tom: “Não queremos que só uma classe se saia bem. Queremos que os pobres tenham a possibilidade de subir na vida. Os ricos não pagam impostos suficientes. E essa visão é impulsionada por uma forte ação trabalhista. Por isso me orgulha que meu governo tem sido caracterizado como o governo mais pró-sindicato da história dos EUA”.
Os países publicaram ainda uma declaração conjunta em que afirmam a importância de colocar os trabalhadores no “centro das soluções políticas” frente às alterações climáticas, ao aumento dos níveis de pobreza e à desigualdade econômica.
Ambos se encontraram nesta 4ª (20.set) para uma reunião bilateral em Nova York. Lula foi à cidade para realizar o discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) na 3ª (19.set).
Os 2 países trabalharão com parceiros sindicais e com a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Há a intenção de envolver outros países e “parceiros globais”, segundo o governo.
As atividades conjuntas do Brasil e dos EUA incluem:
- ampliar o conhecimento da população sobre direitos trabalhistas;
- estabelecer uma agenda focada em aumentar a importância dos trabalhadores com instituições multilaterais como o G20;
- coordenar programas de cooperação técnica relacionados ao trabalho;
- proteger os direitos trabalhistas nas plataformas digitais;
- promover a criação de novos postos dignos de emprego na cadeia de produção com a ajuda de parceiros do setor privado;
- combater a discriminação nos locais do trabalho e promover a diversidade.