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Lula promete continuar a elevar salário mínimo e assegura benefício a aposentados

Publicado 09.08.2024, 12:17
Atualizado 09.08.2024, 12:55
© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasílian30/07/2024 REUTERS/Adriano Machado
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(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que vai continuar aumentando o salário mínimo durante seu mandato, ao mesmo tempo em que afirmou que não tirará dos aposentados o direito de serem beneficiados por esses reajustes.

Em evento para inauguração do contorno viário de Florianópolis (SC), Lula defendeu ainda que o crescimento econômico do Brasil precisa ser repartido.

"Tem gente que acha que eu não deveria aumentar o mínimo porque atrapalha a Previdência. Eu vou continuar aumentando o mínimo, porque quem ganha salário mínimo tem que ser respeitado e tem que trabalhar para comer", disse Lula em seu discurso.

"Por que eu vou tirar o direito de o aposentado receber o aumento do salário mínimo?", questionou.

Integrantes do mercado financeiro têm pressionado pela revisão estrutural de despesas do governo, incluindo uma desvinculação de benefícios previdenciários da política de ganhos reais do salário mínimo.

A ideia chegou a ser sugerida nós últimos meses pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, mas foi rejeitada por Lula.

Agentes do mercado também têm reiterado constantemente preocupações com a situação fiscal do país e pressionado pela adoção de medidas de ajuste fiscal pelo lado das despesas.

Lula voltou a repetir em seu discurso estar "otimista" com a situação do país e afirmou que "a economia está bem" e que "a inflação está caindo".

No entanto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta sexta que o IPCA, índice inflacionário usado como referência para o regime de metas de inflação, subiu 0,38% em julho -- acima das expectativas do mercado, de alta de 0,35% --, ante 0,21% em junho.

© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília
30/07/2024 REUTERS/Adriano Machado

No acumulado em 12 meses, o índice chegou a 4,50% -- acima da expectativa de mercado de 4,47% --, atingindo o teto da meta de inflação para este ano. A meta é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Na ata de sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, afirmou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado. Nessa reunião, realizada na semana passada, o Copom manteve a taxa básica de juros, Selic, em 10,50% ao ano.

 

(Por Eduardo Simões)

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