Manaus ficou entre as cidades com a pior qualidade do ar no mundo na 4ª feira (11.out.2023). Às 12h50 (horário local), a capital amazonense registrou 387 microgramas de poluentes por metro cúbico, o que indica efeitos graves na saúde dos moradores da região. No mesmo horário, São Paulo registrou 122 microgramas de poluentes por metro cúbico.
Os dados são da plataforma World Air Quality Index, que monitora os níveis de poluentes no ar em diferentes países.
O nível de poluição detectado é consequência das crescentes queimadas no Amazonas. O fenômeno tem deixado a cidade coberta de fumaça em setembro e outubro em diferentes dias.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indica que, nos últimos 2 dias, foram registrados 504 focos de queimadas no Amazonas. O município de Autazes, a 111 quilômetros de Manaus, registrou 105 focos. O valor representa 20,8% do total registrado no Estado.
A seca é resultado de um baixo nível de chuvas na região. Em 4 de outubro, uma equipe liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) chegou a viajar ao Amazonas para anunciar medidas contra a seca que atinge o Estado.
No local, o vice-presidente anunciou o repasse de R$ 138 milhões para dragagem dos rios Madeira e Solimões, ajuda humanitária e reforço no combate a incêndios. O governo também avalia anunciar indenizações para o período em que os pescadores foram prejudicados.
Cerca de 58 cidades do Estado, do Acre e de Rondônia estão sendo afetadas pela estiagem. Os moradores destes locais terão o pagamento do Bolsa Família e do BPC (Benefício de Prestação Continuada) adiantados.