O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai ao Senado Federal na próxima 4ª feira (18.out.2023) para esclarecer a posição diplomática do Brasil na guerra entre o grupo extremista Hamas e Israel. O chanceler brasileiro vai participar da CRE (Comissão de Relações Exteriores), presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Além de falar sobre a posição do Brasil, o ministro também vai falar sobre a operação de repatriação de brasileiros. Segundo o governo federal, até a manhã deste sábado (14.out.2023) 701 brasileiros que estavam em Israel e pediram para deixar o país, já retornaram a solo brasileiro. O conflito começou em 7 de outubro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido alvo de críticas de políticos de direita e de oposicionistas por seu posicionamento. Falam em falta de firmeza do líder petista em condenar o grupe extremista Hamas.
Em 7 de outubro, dia em que a guerra começou, Lula se manifestou por meio das redes sociais repudiando os “ataques terroristas” a Israel, mas não citou o Hamas, que havia assumido publicamente a responsabilidade pela iniciativa. O presidente brasileiro também disse em nota ser necessário trabalhar por um “Estado Palestino economicamente viável” e “dentro de fronteiras seguras”.
Senadores da oposição no Senado também comentaram sobre a guerra e criticaram Lula. O documento “Observatório da Oposição”, divulgado em 9 de outubro, traz a temática na guerra com críticas a gestão petista. Leia a íntegra (PDF – 14MB).
O texto traz um compilado de manifestações da oposição na Casa Alta, entre eles o de Rogério Marinho (PL-RN), Damares Alves (Republicanos-DF), Ciro Nogueira (PP-PI), Tereza Cristina (PP-MS) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Na 4ª feira (11.out), Lula citou em nota o grupo extremista Hamas. Mencionou o sequestro de mais de 100 pessoas desde sábado (7.out). “É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias”, escreveu o petista nas redes sociais.
Na 5ª feira (12.out.2023), o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota para explicar porque o Brasil não chama o Hamas de organização terrorista. O comunicado diz que o país segue determinações do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O órgão internacional não inclui o grupo palestino na classificação.
A primeira-dama Janja Lula da Silva afirmou na 6ª feira (13.out que as mulheres e crianças presentes na Faixa Gaza, território palestino alvo de ataques israelenses, “precisam urgentemente ter acesso a um corredor humanitário seguro caso queiram deixar a região”.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Janja declarou que o conflito na região “é mais um que afeta desproporcionalmente as mulheres e crianças”. Ela também disse que o corredor humanitário é importante para a entrada de materiais médicos e cobrou o “restabelecimento da água e energia nos hospitais e locais de atendimento a feridos”.
Ela também afirmou que Lula “pedirá à comunidade internacional que se mobilize” para impedir mais “mortes de inocentes”.
ENTENDA O CONFLITO
Em 7 de outubro, o Hamas atacou Israel e reivindicou a autoria do ataque. Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamim Netanyahu, declarou guerra ao grupo extremista e falou em “destruir“ a organização.O governo de Israel respondeu aos ataques com bombardeios na Faixa de Gaza e um cerco na região.
O Hamas ameaçou matar reféns em retaliação à resposta militar israelense. Na 2ª feira (9.out), temendo a escalada do conflito, os Estados Unidos e líderes europeus pediram para que outros países não se envolvam na guerra.
O Poder360 selecionou alguns dos principais eventos que marcaram o conflito. Leia abaixo: