Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou nesta terça-feira que a coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) apresente em 24 horas uma auditoria referente aos dois turnos da eleição, sob pena de indeferimento da ação apresentada mais cedo que pede uma "verificação extraordinária" do pleito alegando suposto mau funcionamento de urnas eletrônicas no 2º turno.
Na ação, o ministro argumenta que as mesmas urnas foram usadas em ambos os turnos, portanto a coligação de Bolsonaro precisa apresentar um auditoria que abranja as duas votações e não só o segundo turno, "sob pena de indeferimento da inicial".
De acordo com a representação apresentada pela coligação de Bolsonaro ao TSE, que foi obtida pela Reuters, uma auditoria solicitada pelo PL teria encontrado "evidências contundentes do mau funcionamento de urnas eletrônicas". O partido usa o documento para pedir que os votos dessas urnas sejam anulados.
Bolsonaro fez diversos ataques às urnas eletrônicas durante a campanha, na qual foi derrotado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de especialistas e de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terem demonstrado que as urnas são seguras.