O ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou neste domingo, 2, a remoção de publicações que afirmam que o traficante Marcola, do Primeiro Comando da Capital (PCC), declarou voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula Da Silva (PT).A decisão diz que a informação é "inverídica e descontextualizada" e que o TSE não pode permitir a circulação de uma notícia falsa na véspera da eleição.A informação começou a circular nas redes bolsonaristas a partir de um grampo da Polícia Federal (PF). "É melhor, mesmo sendo pilantra", diz a gravação.Moraes disse que a conversa não indica "qualquer declaração de voto" em Lula."Na verdade, os diálogos transcritos, além de se relacionarem a condições carcerárias, apresentam apenas conotação política, pois retratam suposta discussão de Marcola e outros interlocutores a respeito de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. Embora o teor dos diálogos revele uma discussão comparativa entre os candidatos, não existe declaração de voto", diz um trecho da decisão.O presidente do TSE lembra ainda que Marcola está com os direitos políticos suspensos por causa de uma condenação e, portanto, não pode votar.A notícia foi compartilhada inclusive pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A multa em casa de descumprimento é de R$ 100 mil.