O jornalista Luiz Orlando Carneiro, referência em cobertura do Judiciário no Brasil, morreu aos 84 anos. Carneiro fez carreira no Jornal do Brasil e, em 2014, passou a trabalhar no Jota. O jornalista chegou a ser homenageado em 2018 pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que foram até o comitê de imprensa da Corte para comemorar seus 80 anos.
Em nota, a presidente do STF, Rosa Weber, lamentou a morte do jornalista. "Com tristeza, manifesto sinceros sentimentos pela perda do excepcional jornalista Luiz Orlando Carneiro. Retratou o Supremo Tribunal Federal diariamente por quase três décadas, sempre com respeito à Corte e seus integrantes, levando a informação correta aos brasileiros. Em nome da Suprema Corte, registro que o jornalismo perde uma grande referência e um profissional que sempre será exemplo para as próximas gerações."
Os ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e André Mendonça também manifestaram pesar. Barroso exaltou o jornalista por ser "gentil e respeitoso" e ter retratado "a atuação do Supremo Tribunal Federal sempre comprometido com a verdade".
Gilmar Mendes disse que "seu uso elegante do vernáculo, o domínio do campo jurídico e a assertividade na análise vão fazer muita falta ao jornalismo. Sua personalidade afável, o largo conhecimento humanístico e a sofisticada cultura jazzística, farão mais falta ainda ao Brasil".
Toffoli afirmou que acompanhou seu trabalho desde 1995, quando chegou em Brasília. "Com seu jeito sereno e reputação profissional séria, Luiz Orlando sempre foi muito querido por todos, Ministros, colegas de profissão e servidores da Corte, e deixará enormes saudades entre seus familiares e muitos amigos", afirmou.
"Realizou a cobertura jornalística diária do Supremo Tribunal Federal por 30 anos com profissionalismo, isenção e seriedade. Perda irreparável para o jornalismo e para o Brasil, deixa um grande exemplo para a profissão", disse Fux.
"Rogo para que Deus os abençoe e que as sementes do seu trabalho continuem a inspirar o bom jornalismo, indispensável à nossa democracia", afirmou o ministro André Mendonça.