O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta 6ª feira (17.out.2023) que não há risco de desabastecimento de energia elétrica no país. Ele descartou chance de racionamento neste final de ano por conta da alta demanda, que resultou em recordes no consumo nesta semana provocados pelo intenso calor.
Silveira afirmou que a seca na região da Amazônia está se amenizando e quem, no resto do país, reservatórios do setor elétrico operam com níveis confortáveis. “Chegamos ao final do ano mantendo nossos reservatórios cheios, por isso não temos risco de racionamento e de falta de energia”, afirmou em entrevista à GloboNews.
“Estive pessoalmente no Norte quando houve crise de abastecimento naquele local e vivemos um momento muito tenso com a parada [da hidrelétrica] de Santo Antônio, que é de fio d’água [sem reservatório]. Hoje, esta usina está normalizada. [A usina de] Belo Monte nós sabemos que está no seu funcionamento normal, assim como Jirau. Portanto, não temos nenhum problema hídrico no Norte do país”, disse.
Energia térmica
Apesar disso, o ministro afirmou que o governo pretende fazer leilões de energia térmica para dar segurança ao SIN (Sistema Interligado Nacional). A ideia é ter reserva de capacidade de termelétricas para haver confiabilidade no atendimento em 2024.
“Estamos na fase de planejamento para fazermos leilões de reserva de capacidade de térmicas na ponta, para que, no próximo ano, a gente entre com essa tranquilidade energética do ponto de vista da carga, mas também com a segurança na ponta”, afirmou.
De acordo com Silveira, o Brasil, nos últimos 10 anos, deixou de investir em hidrelétricas, que ele considera como “o pulmão do setor elétrico”. Desta forma, mesmo com os reservatórios cheios, segundo ele, é necessário ampliar a segurança do sistema.
Nesta semana, o consumo de energia no Brasil ultrapassou pela 1ª vez a marca de 100 mil MW. Isso aconteceu em 3 dias: na 2ª feira (13.nov), na 4ª (14.nov) –quando foi registrado o recorde com carga de 101,5 mil MW–, e na 5ª (16.nov).
“O Brasil vive um momento muito auspicioso na questão da geração de energia. Precisamos de energia de reserva ou firme, que vem das nossas hidrelétricas e das térmicas. Principalmente as térmicas, que atendem na ponta, por isso trabalhamos firmemente este ano para fazer esse equilíbrio de segurança energética e modicidade tarifária”, afirmou.