De acordo com dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o Brasil atingiu na 2ª feira (13.nov.2023) um recorde histórico na demanda de energia após ondas de calor atingirem principalmente o Sudeste e o Centro-Oeste do país.
Os registros de carga do SIN (Sistema Interligado Nacional) alcançaram o patamar de 100.955 MW (megawatts) pela 1ª vez na história. O pico anterior havia sido em 97.659 MW, registrado em setembro deste ano, disse o Operador Nacional em nota (leia a íntegra no final do texto).
Eis as principais matrizes energéticas usadas no momento do recorde:
- hidráulica: 61.649 MW (61,1%);
- térmica: 10.628 MW (10,5%);
- eólica: 9.284 MW (9,2%);
- solar centralizada: 8.505 MW (8,4%);
- solar proveniente de micro e mini geração distribuída: 10.898 MW (10,8%).
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um novo aviso prolongado até 6ª feira (17.out.2023) de alerta vermelho para o calor, que indica risco à integridade física da população e aponta um impacto no setor elétrico, agrícola e de aviação pela alta nos custos de energia.
As temperaturas devem atingir pelo menos 5º acima da média por um período de 5 dias. O ONS estima também uma queda no nível dos reservatórios da região Sudeste e Centro-Oeste. A taxa de deve chegar a 66,3% no final de novembro, um pouco abaixo dos 69,9% previstos na semana anterior.
O ONS também registrou recorde de demanda no subsistema do Sudeste e Centro-Oeste, superando o patamar de 60.735 MW durante a tarde de 2ª feira (13.nov). O índice mais alto até então era de 57.791 MW registrado em 26 de setembro.
Leia a íntegra da nota do ONS:
“O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou, em 13 de novembro, um novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN): às 14h17, foi atingido o patamar de 100.955 MW. Foi a primeira vez na história do SIN em que a carga superou a marca de 100.000 MW. A marca anterior era de 97.659 MW, medida em 26/09/23.
“No momento em que o novo patamar foi registrado, o atendimento à carga era feito por 61.649 MW de geração hidráulica (61,1%), 10.628 MW de geração térmica (10,5%), 9.284 MW de geração eólica (9,2%), 8.505 MW de geração solar centralizada (8,4%) e 10.898 MW de geração solar proveniente de micro e mini geração distribuída – MMGD (10,8%). A principal razão para este comportamento da carga é a significativa elevação de temperatura verificada em grande parte do Brasil.
“Além do recorde no SIN, o subsistema SE/CO também atingiu novo patamar máximo de carga, superando, pela primeira vez, o marco de 60.000 MW: às 15:30, a carga do Sudeste/Centro-Oeste chegou a 60.735 MW. O melhor índice até então de carga para o subsistema era de 57.791 MW, ocorrido às 14:30 do dia 26/09/2023.”