O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 6ª feira (17.nov) que é um “equívoco” opor economia e ecologia no debate sobre o desenvolvimento do país. Ele afirmou que o processo de destruição do meio ambiente não entra na conta do PIB (Produto Interno Bruto), mas precisa ser considerado para metrificar o progresso brasileiro.
“Nunca imaginamos [nos governos Lula 1 e 2] que alguém pudesse conceber que a agenda ambiental fosse contra o que a gente chama de progresso. A não ser que a gente reconceitue progresso. Porque o que estamos vivendo é um processo destrutivo que não entra na conta do PIB”, disse Haddad em evento com movimentos sociais e ONGs em São Paulo.
“Quando você põe as externalidades na planilha, tudo o que está custando para a humanidade de bem-estar futuro, não tem como não considerar que estamos destruindo aquilo que nos mantém vivos. […] É um equívoco grande opor economia e ecologia”, disse o ministro.
O evento também contou com a participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em seu discurso, a ministra destacou a “boa convivência” com Haddad –de quem foi colega também nos governos Lula 1 e 2, quando ele comandava o Ministério da Educação.