O Ministério das Relações Exteriores da Palestina disse, na 3ª feira (10.out.2023), que Israel usou fósforo branco na cidade de Gaza. O uso da substância química como arma é proibido desde 1997.
O fósforo branco interage com o oxigênio, se incendeia e libera um vapor branco –criando uma espécie de “cortina de fumaça”. Quando atinge pessoas, pode causar queimaduras sérias. Em conflitos, a substância química é, normalmente, usada como parte de bombas, que explodem ao atingir o solo.
As bombas de fósforo branco fazem parte da categoria de armas incendiárias. Seu uso é proibido pela Convenção sobre Armas Químicas desde 1997. O documento (PDF – 844 kB) define uma arma química como a que contém produtos químicos tóxicos, exceto quando utilizados para fins permitidos pela convenção e em quantidades compatíveis com esse fim.
Na mesma época em que a convenção entrou em vigor, foi criada a Organização para a Proibição de Armas Químicas –o Estado da Palestina está na lista de integrantes, ao contrário de Israel.
Em 2010, o Exército israelense puniu 2 oficiais por autorizarem a utilização de fósforo branco no bombardeio de um bairro residencial na cidade de Gaza no ano anterior. Foi a 1ª vez que Israel admitiu o uso da substância química contra civis na Faixa de Gaza.
Conforme o Ministério das Relações Exteriores da Palestina, o ataque desta semana em Gaza com o uso do fósforo branco deixou mortos e feridos. “Ambulâncias e veículos da Defesa Civil não conseguem chegar à área devido à intensidade dos ataques aéreos e à destruição das principais estradas”, lê-se em publicação no X (antigo Twitter).
O Ministério da Saúde da Palestina atualizou, na madrugada desta 4ª feira (11.out.2023), o número de mortos. Já são 950 palestinos. Somando-se aos mais de 1.000 israelenses, o conflito já fez pelo menos 1.950 mortos.
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- o conflito já deixou 1.950 mortos (95 israelenses e 1.000 palestinos) até 3h30 de 4ª feira (11.out.2023);
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