Há mais de 1 mês, o fogo consome o Pantanal, e não há previsão de trégua. Até 16 de novembro, foram registrados 3.098 focos de incêndio no bioma, um recorde para o mês desde 2002, quando foram contabilizados 2.328 focos.
Em relação ao mesmo período de 2022, o aumento de queimadas ultrapassa 1.400%, conforme monitoramento do Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O tempo seco e a onda de calor favorecem o grande número de incêndios, que destroem a vegetação e a fauna.
Na 4ª feira (15.nov.2023), o fogo chegou a invadir a rodovia Transpantaneira. As chamas foram controladas pelas equipes de brigadistas e não alcançaram as casas.
Os incêndios levaram os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estados que abrigam o bioma, a decretar situação de emergência na região norte do Pantanal.
Causas
A causa dos incêndios ainda está sob investigação. Os especialistas avaliam se eles omeçaram por causa da queda de raios ou por ação humana.“Não foi possível esclarecer se todos os incêndios no Pantanal se iniciaram com um raio, uma descarga elétrica, ou não, como em 2020, quando muitos foram por crime ambiental, alguém botando fogo para destruir a vegetação”, disse o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.
Em 2020, o fogo queimou mais de 30% do território do Pantanal, na porção brasileira, o equivalente a 44.998 quilômetros quadrados.
Em 21 de outubro, 3 raios atingiram o Parna do Pantanal, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Dorochê e uma propriedade particular.
Para tentar controlar as chamas, as equipes de brigadistas foram reforçadas.
Atualmente, há mais de 300 servidores no combate aos incêndios no Pantanal, com o apoio de 4 aeronaves e veículos especiais de combate a incêndios.
O contingente foi reforçado recentemente pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Com informações de Agência Brasil.