A candidata pela coalizão de direita Juntos por el Cambio, Patricia Bullrich, reconheceu a derrota no 1º turno das eleições presidenciais da Argentina neste domingo (22.out.2023). Em seu discurso, Bullrich sinalizou que não deve apoiar o ministro da Economia e candidato peronista, Sergio Massa, que disputará o 2º turno contra o libertário Javier Milei.
“O populismo empobreceu o país e não sou eu quem vai felicitar o regresso ao poder de alguém que fez parte do pior governo da história Argentina”, afirmou.
A ex-ministra da Segurança criticou a gestão de Alberto Fernández, afirmando que o atual governo distribuiu dinheiro e endividou ainda mais o país. Segundo Bullrich, sua coalizão não será cúmplice “das máfias que destruíram” a Argentina.
“É por isso que, junto com todos que fazem parte desta força, vamos representar os valores dos quem votaram em nós hoje. Nossos valores não podem ser vendidos nem comprados, não vamos negociá-los. Mesmo que não tenhamos vencido as eleições hoje, estaremos juntos com cada argentino nos tempos difíceis que estão por vir”, disse.
Com 94,18% das urnas apuradas até às 22h48 deste domingo (22.out.2023), segundo dados da Direção Nacional Eleitoral do país, este era o resultado parcial das eleições argentinas:
- Sergio Massa (Unión por la Pátria), de esquerda: 36,43%;
- Javier Milei (La Libertad Avanza), de direita: 30,12%;
- Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), de direita: 23,85%;
- Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País), de esquerda: 6,90%;
- Myriam Bregman (Frente de Izquierda), de esquerda: 2,67%.
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Javier Milei vota em Almagro, em Buenos Aires; candidato do La Libertad Avanza completa 53 anos neste domingo (22.out.2023) | Reprodução/X - 22.out.2023
| Reprodução/X @SergioMassa - 22.out.2023
O ministro da Economia, Sergio Massa, é um dos candidatos favoritos à Presidência da Argentina; na foto, ele aparece votando na cidade de Tigre
Reprodução/X - 22.out.2023
"Peço a todos que votem nestas eleições onde há muito em jogo para o presente e o futuro da Argentina", escreveu Bullrich em seu perfil na rede social X
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Candidato à Presidência e governador da província de Córdoba, Juan Schiaretti, votou na manhã deste domingo (22.out)
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Myriam Bregman, candidata da Frente de Izquierda à Presidência da Argentina, vota em Buenos Aires
Reprodução/X - 22.out.2023
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que "não importa" se deixará a política depois do fim de seu mandato à frente da Casa Rosada; na imagem, o presidente argentino vota em Puerto Madero
Reprodução/Redes sociais @cristinafkirchner – 22.out.2023
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, vota em Río Gallegos, na província de Santa Cruz
Reprodução/Redes socias @mauriciomacri – 22.out.2023
O ex-presidente da Argentina Maurício Macri durante votação nas eleições gerais do país neste domingo (22.out); ele votou no bairro de Palermo, em Buenos Aires
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Mais de 35,8 milhões de eleitores argentinos, sendo 449 mil no exterior, estavam aptos para votação no domingo (22.out.2023)
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Votação para eleições realizada no consulado geral argentino no Japão; no total, a Argentina tem 449 mil eleitores que residem no exterior
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Argentinos registram voto na embaixada do país em Sidney, na Austrália
Reprodução/Redes sociais @CamaraElectoral – 22.out.2023
Argentinos votam na em base na Antártida
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Votação para presidente da Argentina, em Porto Alegre (RS)
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Argentinos que moram na Rússia também foram às urnas
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Filas se formaram desde cedo em seções eleitores do país
A Argentina é 2ª maior economia da América do Sul e a 22ª no mundo, com o PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 632,77 bilhões, segundo dados de 2022 do Banco Mundial. O país é ainda o 3º maior parceiro comercial dos brasileiros. O Brasil exportou US$ 15,34 bilhões e importou US$ 13,10 bilhões do país vizinho no ano passado. O saldo foi de US$ 2,24 bilhões.