Com dois senadores, a bancada do PDT no Senado anunciou apoio à reeleição do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na Casa. O presidente nacional do partido, Carlos Lupi, afirmou que a decisão interna de apoiar Pacheco já tinha sido tomada em dezembro.
"Mesmo sem o senhor pedir, nós já tínhamos fechado apoio", afirmou o ministro da Previdência Social de Luiz Inácio Lula da Silva, que discursou ao lado de Pacheco na sede do Diretório Nacional da sigla, em Brasília. Os dois representantes do PDT na Casa, Weverton Rocha (MA) e Leila Barros (DF), também participaram.
Lupi destacou os feitos da gestão de Pacheco à frente da Casa, com seriedade e respeito às minorias e à democracia. "Externamos nosso respeito, admiração e gratidão por seu papel desempenhado no Senado", disse o presidente do PDT. "Nossa declaração formal de apoio nada mais é do que ser justo, correto."
Pacheco é o nome do governo na disputa e já conseguiu reunir, até o momento, o apoio formal de sete partidos: PSD, PT, Rede, Cidadania, PSB, Pros e PDT. Se todos os integrantes dessas legendas votarem no senador, ele já acumula 25 votos dos 41 necessários para vencer.
Aliados de Pacheco esperam que o MDB também feche questão. A bancada do partido elegeu 10 senadores. O presidente do Senado ainda busca apoio do União Brasil (12) e do PSDB (4).
A votação, contudo, é secreta, o que facilita as "traições". Além disso, pode haver ausências. O placar do Estadão aponta que Pacheco tem 22 votos declarados.
O principal adversário de Pacheco na campanha para a presidência do Senado é o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), candidato da ala bolsonarista da Casa. Conforme mostrou o Broadcast Político, aliados e até opositores de Pacheco avaliam que ele ganhou novo fôlego frente a Marinho para se reeleger ao cargo após os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. Pacheco esteve ao lado do Judiciário durante toda sua gestão, enquanto o candidato do PL tem mantido o discurso bolsonarista como mote de campanha.