Os poloneses vão às urnas neste domingo (15.out.2023) para eleições legislativas. Serão eleitos todos os 460 deputados e 100 senadores que compõem o Parlamento da Polônia. Os mandatos são de 4 anos.
As urnas abriram às 7h locais (2h em Brasília) e fecham às 21h (16h em Brasília). Logo depois do encerramento da votação, será divulgada uma pesquisa de boca de urna, que deve dar uma ideia de qual será o resultado do pleito.
Pesquisas de intenção de voto realizadas anteriormente mostram que a disputada deve ser acirrada. O partido Lei e Justiça, do primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, de 55 anos, tenta conquistar seu 3º mandato consecutivo. Apesar de aparecer à frente, com 37% dos votos na sondagem divulgada em 12 de outubro pelo site Politico, o resultado não é suficiente para obter maioria no Parlamento.
O Lei e Justiça governa a Polônia desde 2015. Neste período, transformou a TV pública num braço de propaganda do governo, restringiu o direito ao aborto e criou leis contra homossexuais, migrantes e refugiados. Por desrespeito ao Estado de Direito, teve financiamento bloqueado pela UE (União Europeia).
Enquanto isso, a Coalizão Cívica, partido de centro do ex-primeiro-ministro e ex-presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, de 66 anos, briga para voltar ao poder. Segundo a pesquisa do Politico, tem 30% dos votos.
Tusk disse que essa eleição é “a última oportunidade” para impedir que o partido que governa a Polônia há 8 anos cause danos irreparáveis à democracia polaca.
Indefinido, o cenário deve ser decidido pelos votos obtidos por partidos menores. A Lewica, de esquerda, e a Terceira Via, de centro-direita, adiantaram que devem se aliar à Coligação Cívica. Os partidos registraram 10% e 11% das intenções de voto, respectivamente. Já a Confederação, de direita, com 9% dos votos na pesquisa, descartou formalizar uma coalizão.
Os partidos precisam obter individualmente pelo menos 5% dos votos para assegurar vagas no Parlamento. Para as coligações, é necessário ter pelo menos 8% dos votos.
Paralelamente às eleições parlamentares, está sendo realizado um referendo. Os eleitores são questionados sobre a aceitação de imigrantes, a construção de um novo muro na fronteira com Belarus, o aumento da idade para aposentadoria e a venda de ativos do Estado. Para que o referendo tenha validade, 50% dos eleitores devem participar.
Cerca de 29 milhões de poloneses com idade igual ou superior a 18 anos estão aptos a votar.