O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta 4ª feira (8.nov.2023) que os deputados precisam “se distanciar da esquerda” no Congresso Nacional. A declaração se deu em reunião com congressistas de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine.
Bolsonaro disse que “ninguém quer violência contra” a base de Lula, mas que considerar ser necessário “haver uma distância” no Congresso. Ele também afirmou que os deputados da base precisam “se posicionar” quanto a guerra no Oriente Médio.
O ex-presidente foi à Caixa Baixa para analisar as imagens divulgadas pelo governo de Israel do ataque do Hamas em 7 de outubro. Em 19 de outubro, parte do vídeo, um trecho de 11 minutos, foi publicada no Poder360. As imagens até então foram captadas sobretudo em estradas e em kibbutzim. Kibbutzim são fazendas comunitárias muito comuns no sul do país, próximo à Faixa de Gaza.
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“O que nós vemos aqui, infelizmente, são pessoas que não tem qualquer consideração com o ser humano agindo. Entendo que nós devíamos botar a mão na cabeça”, disse Bolsonaro em discurso.
O ex-presidente disse que ainda há a “possibilidade de reagir e colocar essas pessoas nos seus devidos lugares”.
Bolsonaro voltou a criticar o posicionamento do governo Lula e de sua base de congressistas quanto a guerra entre Israel e Hamas.
“Cada um age como achar que deve agir, mas nunca mais a esquerda teria um voto meu dentro dessa Casa se eu fosse parlamentar”, afirmou o ex-chefe do Executivo.
O discurso de Bolsonaro foi postado pelo seu filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL). O congressista publicou a filmagem em seu perfil oficial no X (ex-Twitter).
“São mulheres incendiadas, bebês desfigurados, senhoras se escondendo debaixo de mesas e os terroristas fazendo vídeos selfie assassinando-as a sangue frio. Jamais imaginei que nossa geração fosse ver algo assim. O hamas está pelo menos no mesmo nível dos nazistas. Hamas = ISIS”, escreveu Eduardo.