BRASÍLIA (Reuters) - A primeira reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) no governo de Luiz Inácio Lula da Silva não será realizada nesta quinta-feira (26), como previsto originalmente, com previsão de encontro do colegiado ocorrer apenas no dia 16 de fevereiro, informou o Ministério da Fazenda nesta terça-feira.
De acordo com a pasta, não há deliberações a serem avaliadas ou aprovadas pelo Conselho neste mês.
A reunião do CMN entrou no foco das atenções do mercado por causa da nova composição do colegiado, mas também por conta de declaração feita na semana passada por Lula, que questionou se a meta para a inflação não está baixa demais.
A meta da inflação para 2023 é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Para 2024, o patamar estabelecido é de 3%, com a mesma banda de tolerância, e, para 2025, há uma meta de 3%. Em junho deste ano, deve ser fixada a meta de 2026.
O alvo é definido pelo CMN, que agora é composto por Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na gestão de Jair Bolsonaro, o grupo era formado pelo ministro da Economia, o secretário de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia e o presidente do BC.
Na semana passada, Lula disse em entrevista à GloboNews que a atual meta de inflação força um arrocho na economia para que o alvo seja atingido.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que há confiança de que a inflação brasileira está convergindo para a meta e isso terá que ser observado pelo CMN.
(Por Bernardo Caram)