Uma das reféns libertadas na 2ª feira (23.out.2033) pelo Hamas disse ter “passado pelo inferno”. Yocheved Lifschitz, de 85 anos, conversou com jornalistas nesta 3ª feira (24.out) na porta de um hospital de Tel Aviv, para onde foi levada para avaliação médica.
Ela disse ter sido capturada por combatentes do Hamas e colocada na garupa de uma moto. Já na Faixa de Gaza, precisou andar por túneis usados pelo grupo. A certa altura, afirmou ter sido atingida com paus e forçada a andar. Mas, segundo ela, o tratamento mudou quando ela chegou ao cativeiro e integrantes do Hamas disseram que os reféns não seriam machucados.
Lifschitz falou em hebraico e sua filha resumiu as declarações em inglês. Conforme a filha, Lifschitz disse ter sido tratada de forma “gentil” e afirmou que os militantes “cuidavam das necessidades” dos reféns.
De acordo com Lifschitz, os reféns foram alimentados e dormiam em colchões. Ela disse que havia médicos e paramédicos para cuidar dos ferimentos.
Ela e Nurit Yitzhak, de 79, foram soltas pelo Hamas por “razões humanitárias urgentes” depois de mediação do Egito e do Catar. Na 6ª feira (20.out), o grupo já havia libertado outras duas reféns pelo mesmo motivo. Ao menos 200 pessoas continuam sob custódia do grupo extremista.
Para Lisfshitz, Israel “não levou as ameaças do Hamas a sério”.