A reunião do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na 4ª feira (18.out.2023) em Amã, na Jordânia, com líderes árabes para discutir a escalada da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas foi cancelada, informou a Casa Branca. O cancelamento se dá depois do ataque ao hospital al-Ahli em Gaza, que resultou em pelo menos 500 mortes. As informações são da CBS News.
A cúpula, que estava prevista para ocorrer depois da visita do presidente a Israel, deveria contar com a presença do rei jordaniano Abdullah 2º, do presidente palestino Mahmoud Abbas e do presidente egípcio Abdel Fattah El Sisi. Segundo um oficial da Casa Branca, a decisão de cancelar a reunião foi feita em comum acordo entre os líderes.
“O presidente envia suas mais profundas condolências pelas vidas inocentes perdidas na explosão do hospital em Gaza e deseja uma rápida recuperação para os feridos. Ele espera se reunir pessoalmente com esses líderes em breve e concordou em manter um contato regular e direto com cada um deles nos próximos dias”, disse.
Segundo a porta-voz do governo norte-americano, Karine Jean-Pierre, Biden pretendia reafirmar durante a reunião que o “Hamas não representa o direito do povo palestino à dignidade e à autodeterminação” e discutir as necessidades humanitárias dos civis na Faixa de Gaza.
Em 9 de outubro, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, determinou um “cerco completo” à Faixa de Gaza, bloqueando o fornecimento de eletricidade, alimentos, combustível e água para a região em resposta ao ataque do Hamas ao território israelense no sábado (7.out).
O número de mortos na guerra entre Israel e o Hamas chegou a 4.461 pessoas nesta 3ª (17.out). São 3.000 palestinos da Faixa de Gaza, 61 da Cisjordânia e 1.400 israelenses, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Palestina e o Al Jazeera. Os feridos somam pelo menos 17.250: 12.500 na Faixa de Gaza, 1.250 na Cisjordânia e 3.500 em Israel.