O senador dos EUA Ted Cruz questionou na 5ª feira (7.set.2023) o Secretário de Estado Adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental Brian Nichols a respeito das possíveis sanções que o governo norte-americano poderia aplicar ao Brasil por causa da atracação de 2 navios de guerra iranianos no porto do Rio de Janeiro em fevereiro.
À época, os Estados Unidos se manifestaram contrários à permissão da Marinha brasileira. “Esses navios, no passado, facilitaram o comércio ilícito e atividades terroristas e já tiveram sanções da ONU [Organização das Nações Unidas]. O Brasil é um país soberano, mas acreditamos fortemente que esses navios não deveriam atracar em qualquer lugar”, disse a embaixadora norte-americana no Brasil, Elizabeth Bagley.
A porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre também foi contra a decisão brasileira de receber as embarcações iranianas. “Hospedar embarcações navais iranianas pertencentes a um regime que está reprimindo brutalmente seu próprio povo, fornecendo armas à Rússia para uso em sua guerra contra a Ucrânia, se envolvendo em terrorismo e na proliferação de armas em todo o mundo envia a mensagem errada”, disse.
Ao questionar o secretário de Estado na 5ª (7.set), Ted Cruz declarou que o presidente Joe Biden utilizou sanções anteriormente contra outros países ocidentais que descumpriram leis norte-americanas, mas, segundo o senador, agora estaria protegendo “seu autoproclamado amigo próximo”.
Em sua resposta, o secretário Brian Nichols afirmou que o governo norte-americano ficou “profundamente desapontado” com o Brasil por receber os navios do Irã. Ao ser pressionado pelo senador se houve sanção, o secretário disse não ter conhecimento de quaisquer penalidades relativas ao caso.
Em seu pronunciamento, Ted Cruz também afirmou estar “profundamente preocupado” que o Ocidente esteja “sobrecarregado pelo antiamericanismo” e por países da região estarem “se alinhando” com adversários dos EUA.
Segundo Cruz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “um chavista antiamericano que abraça o Partido Comunista Chinês, Vladimir Putin e o regime iraniano”, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “um líder pró-americano”.