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STF restringe políticos em estatais, mas permite que indicados no governo Lula permaneçam

Publicado 09.05.2024, 12:52
Atualizado 09.05.2024, 18:10
© Reuters. Plenário do STF, em Brasília
04/04/2018
REUTERS/Adriano Machado

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) -Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quinta-feira restabelecer restrições para a indicação de políticos para cargos de direção de estatais, mas permitiram que os atuais ocupantes dessas posições nomeados durante o governo Lula permaneçam nos postos.

Os ministros reverteram uma decisão do então ministro do STF Ricardo Lewandowski, de março do ano passado, que permitiu, por exemplo, que a Petrobras (BVMF:PETR4) voltasse a ter integrantes do governo em seu conselho de administração. Mas esse novo entendimento só valerá para indicações futuras.

O entendimento foi firmado pelo tribunal durante o julgamento de uma ação movida pelo PCdoB que questionava a Lei das Estatais, aprovada pelo Congresso em 2016 na esteira dos escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e outras empresas públicas investigadas pela Operação Lava Jato.

Em sua decisão monocrática, Lewandowski havia suspendido os efeitos do trecho da lei que restringe indicações de conselheiros e diretores que sejam titulares de alguns cargos públicos ou que tenham atuado, nos três anos anteriores, na estrutura decisória de partido político ou na organização e na realização de campanha eleitoral.

Atualmente, o presidente do Conselho de Administração da Petrobras é o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes. Entre outros membros do colegiado da estatal, Rafael Dubeux é secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, e Vitor Saback é secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia.

A validade da lei a partir de agora recebeu o apoio de oito ministros, enquanto três foram contrários. Já a manutenção dos indicados que já ocupam cargos recebeu o aval unânime do tribunal.

Essa solução intermediária, espécie de "linha de corte", foi inicialmente defendida na véspera pelo ministro Dias Toffoli, e acabou tendo amplo apoio no Supremo.

© Reuters. Plenário do STF, em Brasília
04/04/2018
REUTERS/Adriano Machado

Na prática, os ministros decidiram modular os efeitos da decisão provisória do agora ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski para que as indicações feitas pelo governo Lula a partir de 2023 para esses postos fossem consideradas válidas.

No final de 2022, em uma sinalização ao atual governo, a Câmara dos Deputados chegou a aprovar um projeto reduzindo de 36 meses para apenas 30 dias a quarentena para políticos ocuparem esses postos. Mas a proposta não avançou até o momento no Senado, onde foi alvo de críticas do próprio ex-juiz da Lava Jato e atual senador, Sergio Moro (União-PR).

(Reportagem adicional de Marta Nogueira; Edição de Pedro Fonseca)

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