A tapeçaria de Burle Marx voltou a ser exposta no Salão Negro do Congresso Nacional na 2ª feira (23.out.2023) depois de ser danificada no 8 de Janeiro. A obra, orçada em R$ 4 milhões, foi suja com urina e pó de extintor de incêndio durante os atos extremistas. Ela é a 19ª obra recuperada de um total de 21 peças vandalizadas durante os atos extremistas.
A peça tem quase 5 metros de largura e foi enviada para restauração em um ateliê de São Paulo. A restauração custou R$ 170,3 mil. O transporte para Brasília e o seguro custaram, R$ 37.000 e R$ 28.900, respectivamente. Ao todo, foram gastos R$ 236,2 mil.
“A obra retorna ao lugar de onde nunca deveria ter saído. A verdade é que, apesar das agressões sofridas por este parlamento, com a resiliência e o trabalho de todos e todas as colegas, a democracia foi mais forte”, declarou a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka.
O modernista Burle Marx (1909-1994) foi paisagista, desenhista, arquiteto, pintor, ecologista, botânico, escultor, gravador, litógrafo, ceramista, tapeceiro, decorador, designer têxtil e de joias e se tornou internacionalmente reconhecido como arquiteto-paisagista, com inúmeros projetos realizados em diversos países. O acervo do Museu do Senado possui 4 obras do artista. Além da tapeçaria em algodão, há também 3 telas pintadas com técnicas variadas.
Com informações da Agência Senado.