O Ministério da Saúde anunciou que a vacina contra a covid-19 passará a fazer parte do PNI (Programa Nacional de Imunizações). O ministério recomenda que Estados e municípios priorizem vacinação de crianças de 6 meses a 5 anos. Além de grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como: idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas e trabalhadores da saúde.
“O que fizemos este ano foi trazer a vacina contra a covid-19 para dentro do Programa Nacional de Imunizações. A vacina passa a ser recomendada no calendário de crianças. Para todas as crianças nascidas ou que estejam no Brasil, com idade entre 6 meses e menores de 5 anos, a vacina passa a ser obrigatória no calendário vacinal”, afirmou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel.
“A vacina vai ser anual. Se a pessoa tomou a dose deste ano, já está com a dose em dia. Essa é a recomendação da Organização Mundial da Saúde agora, dose anual”, disse a secretária.
Ethel destacou que o ministério vai focar nos grupos prioritários para diminuir os indicies de hospitalização e óbito. “No Brasil, tínhamos 4 mil pessoas morrendo todos os dias por covid. Hoje, temos 42. Essa é a maior prova da efetividade da vacina”, afirmou.
O Ministério da Saúde informou que já contratou um estudo nacional de base populacional para entrevistar cerca de 33.000 pessoas com foco em covid longa. “O estudo vai à casa das pessoas saber quantas vezes teve covid, se teve sintomas, se eles persistem. A gente vai a campo agora no final de novembro e a gente espera, até o fim do ano, termos dados para que a gente possa pensar, em 2024, como a gente vai lidar também com a covid longa”, afirmou Ethel.
De acordo o Ministério da Saúde, o Brasil segue uma tendência observada globalmente e registra oscilação no número de casos da doença. Dados da FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz ) indicam aumento de casos na população adulta do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo.
Em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul, há sinalização de aumento lento nas ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave por causa da covid-19 na população de idade avançada, mas sem reflexo no total de casos identificados. O Distrito Federal, Goiás e o Rio de Janeiro, que anteriormente apresentavam alerta de crescimento, demonstraram indícios de interrupção no aumento de notificações.
Com informações da Agência Brasil.