Sydney (Austrália), 9 set (EFE).- A reconstrução das estruturas
destruídas pelo terremoto do último sábado na Nova Zelândia
contribuirá para a recuperação econômica do país, embora dezenas de
pessoas tenham perdido seus empregos por conta de problemas nas
instalações de suas empresas, informou a imprensa local.
O terremoto, de magnitude 7 na escala Richter, danificou cerca de
100 mil imóveis e destruiu estradas, pontes e outras
infraestruturas, com perdas avaliadas em cerca de US$ 2,9 bilhões.
Christchurch, a principal cidade da ilha do sul, mantém o estado
de emergência e tem atividades econômicas paralisadas até que seja
declarado que as zonas afetadas não correm risco de novos
desabamentos.
Enquanto algumas empresas confirmam demissões (só um supermercado
anunciou que 80 pessoas seriam mandadas embora, pois o
estabelecimento teria que ser derrubado e reconstruído), outras
acabam sendo beneficiadas.
Empresas de construção e produtoras de aço lideraram os lucros da
bolsa do país, o índice NZX-50. As ações da Fletcher Building, maior
construtora do país, por exemplo, tiveram 5,5% de valorização.
Segundo o ministro neozelandês do Tesouro, John Whitehead, o
terremoto afetará negativamente o crescimento trimestral do país em
0,5% mas a previsão é que a situação seja revertida durante a
primeira metade do ano que vem.
Enquanto isso, habitantes de Chirstchurch começaram a retomar
suas vidas normais depois que as autoridades restabeleceram o
fornecimento de água potável e permitissem que cafeterias e
restaurantes voltassem a ser abertos.
A Nova Zelândia, que está na falha entre as placas tectônicas do
Pacífico e da Oceania, sofre cerca de 14 mil terremotos por ano. A
maioria é de baixa intensidade, mas entre 100 e 150 têm força
suficiente para serem percebidos. EFE