Investing.com - As incertezas seguem rondando o comando da BRF (SA:BRFS3), o que faz com que os acionistas mantenham a cautela em relação à companhia optando pela venda dos ativos. Na parte da manhã de hoje, as ações da empresa recuam 2,68% a R$ 21,46, depois de já terem registrado queda de 4,38% na véspera.
O imbróglio está na falta de acordo do empresário Abílio Diniz, presidente do conselho da BRF, com outros acionistas da companhia para a formação do novo conselho de administração. Em carta divulgada, Diniz confirma as tentativas de negociações para a votação que deve acontecer no próximo dia 26 de abril.
Em busca de confirmações, a exportadora de carne de frango também pediu informações aos fundos de pensão Previ e Petros, que representam boa parte dos acionistas da companhia. Eles ressaltaram que um acordo sobre a futura composição do conselho de administração da BRF ainda não foi atingido.
O impasse aumentou com o ex-ministro do Desenvolvimento e ex-presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan, rejeitando assumir o conselho de administração da BRF até a realização da assembleia no próximo dia 26 frustrou.
O nome de Furlan era uma das exigências de Diniz para a assinatura de um acordo com os fundos de pensão Petros e Previ. A expectativa era que o impasse fosse resolvido logo, mas a negativa acabou inviabilizando o acerto. As informações são da Folha de S. Paulo.
Abílio tem cerca de 7% de participação na BRF e deverá indicar dois nomes para fazer parte do conselho. A concessão é uma contrapartida aceita pelos fundos, que detém 22% do capital da companhia.