Investing.com – O mercado reagiu mal ao anúncio de que a Petrobras deve revisar nesta semana a sua política de preços para combustíveis. Às 11h (de Brasília) desta segunda-feira, 15, as ações preferenciais da companhia apresentavam queda de 1,41%, a R$25,88.
A Petrobras anunciou que discute internamente alterações nas políticas de preços do diesel e gasolina, sendo que possíveis mudanças devem ser analisadas pela diretoria nesta semana, com base em estudos técnicos e de acordo com práticas de governança, segundo com a estatal, sem fornecer maiores detalhes.
Desde a campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia prometido mudar a política de paridade internacional dos preços, que são atrelados ao dólar e às cotações internacionais do barril do petróleo, visando baratear os combustíveis. Segundo Lula, a Petrobras deve levar em consideração questões domésticas para a definição dos preços, tendo em vista que a produção é realizada a nível nacional.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado também hoje, o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) afirmou que o anúncio não deve ser uma surpresa para os investidores, “uma vez que tanto o governo quanto a nova administração têm falado sobre uma possível mudança na atual política de preços da Petrobras”.
O banco possui classificação neutra para os papéis, com preço-alvo de US$12,50 para a ADR PBR (NYSE:PBR), R$30,90 para as ações ordinárias (BVMF:PETR3) e R$28,10 para as preferenciais (BVMF:PETR4), devido às incertezas que rondam a companhia. “No entanto, reconhecemos que o anúncio de uma nova política de preços, além da revisão do plano estratégico e de uma nova política de dividendos, pode trazer clareza nos próximos meses”, ponderam os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins.