Por Sheila Dang
DALLAS, Estados Unidos, (Reuters) - A Snap (NYSE:SNAP) divulgou nesta quinta-feira seu crescimento de receita mais lento desde que se listou na bolsa há cinco anos, com anunciantes cortando gastos em meio ao aumento da inflação e à guerra na Ucrânia.
As ações da Snap caíram 24% nas negociações após o fechamento do mercado regular.
A dona do aplicativo de mensagens Snapchat é a primeira das grandes empresas de tecnologia a divulgar balanço trimestral e o resultado lança sombra sobre outras plataformas que dependem de receita de publicidade, como Meta, Alphabet (NASDAQ:GOOGL) e Pinterest (NYSE:PINS), que divulgam resultados na próxima semana.
As ações da Meta (NASDAQ:META, dona do Facebook) e do Instagram; caíram 3,9%, enquanto os papéis da Alphabet, que controla o Google; caíram 2% após o balanço da Snap.
Em carta aos investidores, a Snap disse que a inflação fez com que alguns anunciantes reduzissem seus orçamentos de marketing.
"Esperamos que o ambiente operacional continue desafiador nos próximos meses", disse a empresa.
A companhia afirmou que estima que a receita do quarto trimestre ficará estável em relação ao ano anterior e a capacidade de prever trimestres futuros continua sendo um desafio.
A receita do terceiro trimestre foi de 1,13 bilhão de dólares, aumento de 6% em relação ao trimestre do ano anterior. O número veio quase em linha com expectativas dos analistas de 1,14 bilhão, de acordo com dados da Refinitiv.
A Snap anunciou em agosto que demitiria 20% dos funcionários e descontinuaria projetos como jogos e uma câmera voadora, a fim de cortar custos.
A empresa disse que se concentrará no crescimento de sua base de usuários, diversificando fontes de receita e investindo em tecnologias de realidade aumentada, que sobrepõem imagens computadorizadas ao mundo real.
Os usuários ativos diários no Snapchat aumentaram 19% em 12 meses até setembro, para 363 milhões. A empresa disse que espera que os usuários ativos diários cresçam para 375 milhões no fim do ano. A Snap também anunciou um programa de recompra de ações de até 500 milhões de dólares.