Por Scott Kanowsky
Investing.com – As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) (BVMF:TSLA34) recuavam 0,23% às 14h51 de Brasília desta quarta-feira, após analistas cortarem seus preços-alvo para a fabricante de veículos elétricos, antes da apresentação dos seus resultados trimestrais.
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Os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) rebaixaram o preço-alvo do papel em US$ 30, para US$ 220, mas mantiveram a classificação de “overweight” (acima da média). Da mesma forma, os analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) rebaixaram o preço-alvo da ação em US$ 5, para US$ 120.
Ambos os bancos citaram preocupações com a decisão tomada pela Tesla em janeiro de reduzir o valor de alguns modelos do seu portfólio, a fim de estimular a demanda, em um ambiente de mercado incerto, marcado pela taxa de juros elevada e forte concorrência.
Os analistas do JPMorgan chamaram as reduções de "drásticas", acrescentando que, embora beneficiem o consumidor, terão um impacto negativo na Tesla e em outras montadoras de veículos elétricos que ainda não atingiram a lucratividade.
A Tesla deve apresentar seus resultados para os últimos três meses de 2022 após o fechamento das bolsas americanas. Os analistas de Wall Street esperam que a empresa registre lucros recordes durante o período, embora continuem preocupados com o crescimento da entrega de veículos.
Deve haver um aumento de cerca de 46% nas entregas em 2023, atingindo 1,9 milhão, de acordo com estimativas consensuais da Bloomberg, ficando abaixo da meta anual de crescimento de 50% da Tesla. Musk espera expandir as vendas para 20 milhões anualmente até 2030, o que transformaria a Tesla na maior montadora do mundo.
"Nossa expectativa é que a gerência da Tesla ressalte a reação positiva aos seus recentes cortes de preços, reiterando sua linguagem de longo prazo de crescimento de 50% ao longo do tempo e deixando claro que a demanda não é problema", escreveram os analistas do Morgan Stanley.
As atenções também se voltarão para o futuro de Musk na empresa. O bilionário enfrentou críticas recentes de alguns acionistas da Tesla, que temem que ele não esteja dando a devida atenção à administração da companhia desde que comprou o Twitter por US$ 44 bilhões em outubro.
As ações da Tesla acumulam uma queda de mais de 53% no último ano.