Por Sruthi Shankar e Anisha Sircar
(Reuters) - As ações europeias rondaram máximas de dois meses nesta segunda-feira, depois que sinais de desaceleração da economia chinesa levaram os investidores a se voltarem para setores defensivos, como saúde e bens de consumo, normalmente vistos como imunes aos ciclos de negócios.
O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,3%. Ele foi negociado perto dos níveis necessários para recuperar todas as perdas de junho, quando os temores sobre aumentos agressivos da taxa de juros dos Estados Unidos e de recessão dominaram o sentimento.
Ações de saúde estiveram entre os maiores impulsos para as bolsas europeias nesta segunda-feira. A AstraZeneca (LON:AZN) subiu 2,3% depois que a farmacêutica disse que seu medicamento contra o câncer, Enhertu, desenvolvido com a japonesa Daiichi Sankyo, retardou a progressão de uma forma de câncer de mama avançado em pacientes previamente tratadas.
O setor de comida e bebida subiu cerca de 1% para liderar os ganhos, enquanto serviços públicos ganharam 0,8%.
Esses ganhos ajudaram a conter as perdas nas montadoras, setor de petróleo e mineradores, que são expostos à China, depois que o banco central do país cortou inesperadamente taxas de empréstimo para reanimar a demanda após dados mostrarem que a economia desacelerou em julho.
O STOXX subiu mais de 10% desde que atingiu a mínima do ano em junho, mas permanece em queda de 9,3% no ano.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,11%, a 7.509,15 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,15%, a 13.816,61 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,25%, a 6.569,95 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,49%, a 22.970,73 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,32%, a 8.427,00 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,43%, a 6.194,53 pontos.
(Reportagem de Sruthi Shankar, Johann M Cherian e Anisha Sircar em Bengaluru)