NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto na ICE subiram para o preço mais alto em mais de seis anos nesta segunda-feira devido a preocupações com a oferta global de curto prazo e notícias sobre o possível retorno dos impostos sobre combustíveis no Brasil.
O café fechou em queda.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto de março terminou em alta de 0,81 centavos, ou 3,8%, a 22,09 centavos de dólar por libra-peso, após bater 22,14 centavos antes, a maior cotação desde novembro de 2016.
* Operadores disseram que o mercado continuou a obter suporte pelo aperto de oferta de curto prazo, com o prêmio do contrato março para o maio a cerca de 1,65 centavo antes de seu vencimento na terça-feira.
* A perspectiva de queda da produção na Índia ajudou a elevar os preços, assim como os comentários sobre a menor produção no México.
* A Índia deve produzir 33,5 milhões de toneladas de açúcar na temporada até 30 de setembro deste ano, uma queda de 2,9% em relação à previsão anterior de 34,5 milhões de toneladas, disse uma importante entidade comercial do país.
* Notícias sobre o Brasil restabelecendo impostos federais sobre combustíveis, com uma alíquota maior sobre a gasolina e menor sobre o etanol, também foram favoráveis aos preços do açúcar.
* Um mercado maior para o etanol no Brasil pode reduzir a produção de açúcar do país.
*O açúcar branco de maio ganhou 9,30 reais, ou 1,7%, para 571,30 reais a tonelada.
CAFÉ
* O café arábica de maio caiu 1,25 centavo, ou 0,7%, para 1,8645 dólar por libra-peso.
* Operadores disseram que a cobertura vendida por especuladores ajudou a alimentar a alta recente, mas agora parece ter diminuído.
* O mercado continuou a ser sustentado, no entanto, pelo aperto nos mercados físicos no Brasil e na Colômbia e pela queda nos estoques das bolsas.
* Os estoques de arábica certificados pela ICE caíram para menos de 800.000 sacas em 27 de fevereiro, perdendo mais de 90.000 sacas de um pico de sete meses e meio registrado em 8 de fevereiro.
* O café robusta de maio caiu 19 dólares, ou 0,9%, para 2.115 dólares a tonelada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)