Por Sudip Kar-Gupta
PARIS (Reuters) - A francesa Alstom (PA:ALSO) está negociando para comprar a unidade de trens da Bombardier em um possível negócio de 7 bilhões de dólares que marca a mais recente tentativa da empresa de transporte ferroviário de enfrentar a concorrência chinesa.
A Alstom, fabricante do trem-bala TGV, e várias rivais estão tentando aumentar a escala para competir com a CRRC da China, a maior fabricante de trens do mundo.
Reguladores europeus impediram no ano passado uma fusão da empresa francesa com a Siemens, enquanto um flerte anterior entre a Siemens e a Bombardier para combinar os negócios de trens, não saiu do papel em 2017.
"A Alstom confirma ter conversado com a Bombardier sobre uma possível aquisição da Bombardier Transportation ... Nenhuma decisão final foi tomada", afirmou a Alstom em comunicado nesta segunda-feira. Representantes da Bombardier não puderam ser contatados.
Uma fonte familiarizada com o assunto disse à Reuters no domingo que a Alstom estava perto de fechar acordo para comprar a unidade de trens da Bombardier em um negócio de 7 bilhões de dólares.
A Bombardier Transportation tem sede em Berlim e possui fábricas em todo o mundo, inclusive em Derby, no centro da Inglaterra; Mannheim, na Alemanha; e Crespin, no norte da França, próximo de uma fábrica da Alstom.
Uma compra das operações ferroviárias da Bombardier pela Alstom deve atrair questionamento de reguladores de concorrência. Os reguladores europeus argumentaram anteriormente que uma união Alstom-Siemens poderia prejudicar a concorrência e levar a preços mais altos para os consumidores.
Alguns analistas disseram que desta vez pode haver menos oposição à transação, já que a Alstom e a Bombardier têm uma menor participação combinada no mercado europeu de trens de alta velocidade.