Alta em NY e do minério é incapaz de animar Ibovespa, em meio a riscos com guerra e locais

Publicado 23.06.2025, 08:50
Atualizado 23.06.2025, 12:10
© Reuters Alta em NY e do minério é incapaz de animar Ibovespa, em meio a riscos com guerra e locais

O Ibovespa cai apesar da alta das bolsas norte-americanas, enquanto investidores monitoram os desdobramentos do conflito no Oriente Médio após a entrada dos EUA na guerra, no sábado.

Após subir para US$ 80 o barril ontem, o petróleo tipo Brent - referência para a Petrobrás - opera com volatilidade. Após avançar mais cedo, cedia 1,00% por volta das 11 horas, pesando nos papéis da Petrobras enquanto os demais do setor avançavam. Nem mesmo empolga a elevação de 0,50% do minério de ferro hoje em Dalian, na China. Só Vale (BVMF:VALE3) subia, mas era de forma moderada (0,10%). Além disso, ações mais sensíveis ao ciclo econômico são destaque de baixa na B3 (BVMF:B3SA3) assim como de grandes bancos.

As incertezas quanto ao rumo da guerra no Oriente Médio dão espaço para volatilidade. O risco de retaliação iraniana, especialmente com o possível fechamento do estratégico do Estreito de Ormuz, por onde escoa cerca de 20% do petróleo mundial, mantém o mercado em alerta após os EUA entrarem de vez na guerra no sábado. Naquele dia, os EUA atacaram as principais instalações nucleares iranianas. Além disso, a semana conta com uma agenda importante, com falas de dirigentes de bancos centrais europeus e dos EUA, além da divulgação de PMIs. Nos EUA, os destaques são o PIB e dado de inflação PCE.

No Brasil, as atenções se concentram principalmente na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã e no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de junho, na quinta-feira. Ainda sairão dados do mercado de trabalho, fiscais e do setor externo.

"Após a elevação da Selic para 15% ao ano na semana passada, os investidores permanecem atentos à ata da última reunião de política monetária, que será divulgada amanhã, e ao relatório trimestral de inflação, que traz mais detalhes sobre as estimativas do Banco Central", destaca Bruna Sene, analista de renda variável da Rico.

Quanto aos conflitos no Oriente Médio, se o petróleo adotar tendência de alta, tende a pressionar a Petrobras para elevar os preços dos seus combustíveis, o que acarretaria mais inflação e dificultaria um início de queda dos juros no Brasil, segundo analistas.

"Ainda persistem muitas incertezas, como a possibilidade de fechamento do Estreito de Ormuz - uma região crucial para o comércio global de petróleo. Caso isso ocorra, os preços da commodity podem subir ainda mais, elevando os riscos de uma inflação global maior. E esse é um tema que os investidores devem acompanhar de perto", acrescenta Bruna Sene, da Rico.

Na semana passada, o Copom elevou a Selic de 14,75% para 15% ao ano, sugerindo que este nível deve ficar por um período prolongado, em meio a elevadas incertezas. No boletim Focus de hoje as expectativas para o juro básico continuaram em 15% (2025) e em 12,50% (2026).

Já para a inflação, houve arrefecimento. A mediana para o IPCA suavizado nos próximos 12 meses passou de 4,72% para 4,69%. Contudo, ainda segue acima do teto da meta de 4,50%. Para 2025, a estimativa cedeu 0,01 ponto porcentual, para 5,24%.

Na sexta-feira, o Índice Bovespa fechou em baixa de 1,15%, aos 137.1155,83 pontos. "As movimentações na sexta-feira foram de proteção. Vimos a Bolsa cair, o dólar disparar não somente contra o real, mas no mundo todo", pontua Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos. O dólar fechou em alta de 0,44%, cotado a R$ 5,5249, após atingir a máxima de R$ 5,5274.

Às 11h24, o Ibovespa cedia 0,40%, aos 139.660 pontos, ante recuo de 0,62%, na mínima aos 136.269,13 pontos, após abertura em 137.115,66 pontos, perto da máxima de 137130,13 pontos. Vale avançava 0,08% e Petrobras PN (BVMF:PETR4), 0,40%, enquanto ON cedia 0,19%. Entre os grandes bancos, o recuo superava 1% em sua maioria. Vamos e Usiminas (BVMF:USIM5) lideravam o grupo das quedas, com 2,68% e 2,05%, respectivamente. Já Marfrig (BVMF:MRFG3), com 3,225, o das altas.

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