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SÃO PAULO (Reuters) - A Americanas retomou o processo de venda da rede de hortifrutis Natural da Terra diante da obrigação de cumprir o prazo de venda da empresa no âmbito do plano de recuperação judicial até fevereiro do próximo ano, e entende que o setor de alimentos se depreciou desde a primeira tentativa de se desfazer do ativo em 2023.
"A companhia não quer deixar para a última hora (a venda da HNT)", disse a diretora financeira da Americanas, Camille Faria, em conferência com analistas e investidores nesta quarta-feira após a publicação dos resultados da companhia na noite da véspera.
Questionada se a venda da HNT poderia se dar a um preço semelhante ao buscado pela empresa antes que o processo de alienação fosse suspenso no final de 2023, Faria afirmou que a rede de hortifrutis concentrada no Rio de Janeiro é "um ativo valioso", mas que o cenário macro afeta. "O ’valuation’ de alimentos depreciou nos últimos dois anos...A gente entende esse deságio."
A executiva não deu detalhes sobre valor buscado pela Americanas pela HNT, mas lembrou que todo o recurso levantado com a venda da rede, pelos termos do plano de recuperação judicial, tem que ser destinado para abatimento de dívida, que encerrou o primeiro semestre em cerca de R$1,9 bilhão.
A Americanas comprou a rede de hortifrutis em 2021 por R$2,1 bilhões. Em novembro de 2023, a companhia afirmou que tinha chegado a entrar em período de exclusividade de negociação com um dos interessados que fez oferta não vinculante pelo ativo. Na época, o Valor Econômico afirmou que a rede de supermercados St Marche negociava com a Americanas a compra do Natural da Terra. O St Marche pediu recuperação extrajudicial mais cedo neste ano.
(Por Alberto Alerigi Jr.)