Copenhague, 14 out (EFE).- O Nobel de Economia premiou nesta segunda-feira o desenvolvimento de novos métodos para o estudo dos preços dos ativos financeiros, que se transformaram em ferramentas na pesquisa acadêmica e em guia para a prática investidora.
As análises empíricas dos preços de ativos dos americanos Eugene Fama, Lars Petes Hansen e Robert Shiller foram concluídas com achados "surpreendentes e contraditórios": não é possível prever sua evolução a curto prazo, mas sim em períodos mais longos, assinalou a em decisão a Real Academia da Ciência Sueca.
A valorização dos ativos financeiros é uma das subáreas mais ativas na economia, com uma importância capital para os investidores e em macroeconomia, ao proporcionar informação relacionada com o consumo e a aquisição de capital físico, mas também para as decisões sobre as economias do povo em comum.
A possibilidade de prever os preços dos ativos está vinculada ao funcionamento dos mercados e aos fatores como o risco.
As análises estatísticas elaboradas por Fama na década de 1960 corroboraram que os preços anteriores têm pouca importância para prever a rentabilidade no futuro imediato.
Em um estudo que Fama assinou em 1969 junto a outros três pesquisadores, foi demonstrado que o mercado reage de forma rápida às novas informações, mas depois o preço das ações fica extremamente complicado de prever.
Caberia supor que essa dificuldade a curto prazo deveria aumentar em períodos de tempo maior, mas as pesquisas empíricas de Shiller em mercados de ações e bônus concluíram o contrário: uma alta relação do preço com relação ao dividendo em um ano costuma seguir uma queda em anos posteriores.
E esse modelo previsível a longo prazo foi confirmado depois por outros pesquisadores em muitos outros mercados.
Hansen desenvolveu uma ferramenta estatística, o Método Generalizado dos Momentos (GMM), para comprovar se os preços de ações históricas se ajustavam ao Modelo de Avaliação de Ativos Financeiros (CCAPM), o mais conhecido para conectar esses preços com as decisões dos indivíduos.
Sua conclusão foi que este modelo deve ser rejeitado, porque não pode explicar os dados, confirmando os achados preliminares de Shiller: os preços dos ativos oscilam demais.
Os três agraciados, que compartilharão 8 milhões de coroas suecas (US$ 1,3 milhão) do prêmio, figuravam nas apostas prévias, sobretudo Shiller, cujo nome está soando como candidato há anos.
Shiller nasceu em 1946 em Detroit, tornou-se doutor em 1972 no Instituto de Tecnologia de Massachusetts e hoje atua na Universidade de Yale.
Nascido em 1939 em Boston, Fama virou doutor em 1964 na Universidade de Chicago, à qual segue adscrito, da mesma forma que Hansen, 13 anos mais jovem e nascido em Illinois.
Fama, Hansen e Shiller sucedem no histórico prêmio seus compatriotas Alvin E. Roth e Lloyd S. Shapley, agraciados no ano passado por seus estudos de "engenharia econômica" sobre os mercados e seus problemas de projeto.
O Nobel de Economia, cujo nome real é Prêmio de Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel, foi adotado em 1969 pelo Banco da Suécia, que o financia, e é o único dos seis prêmios que não foi designado pelo magnata sueco que criou os prêmios há mais de um século.
A Real Academia das Ciências sueca é a encarregada de outorgar o prêmio, que tem a mesma dotação que o resto.
Os prêmios Nobel serão entregues em 10 de dezembro, aniversário da morte de seu criador. EFE
alc/ff
As análises empíricas dos preços de ativos dos americanos Eugene Fama, Lars Petes Hansen e Robert Shiller foram concluídas com achados "surpreendentes e contraditórios": não é possível prever sua evolução a curto prazo, mas sim em períodos mais longos, assinalou a em decisão a Real Academia da Ciência Sueca.
A valorização dos ativos financeiros é uma das subáreas mais ativas na economia, com uma importância capital para os investidores e em macroeconomia, ao proporcionar informação relacionada com o consumo e a aquisição de capital físico, mas também para as decisões sobre as economias do povo em comum.
A possibilidade de prever os preços dos ativos está vinculada ao funcionamento dos mercados e aos fatores como o risco.
As análises estatísticas elaboradas por Fama na década de 1960 corroboraram que os preços anteriores têm pouca importância para prever a rentabilidade no futuro imediato.
Em um estudo que Fama assinou em 1969 junto a outros três pesquisadores, foi demonstrado que o mercado reage de forma rápida às novas informações, mas depois o preço das ações fica extremamente complicado de prever.
Caberia supor que essa dificuldade a curto prazo deveria aumentar em períodos de tempo maior, mas as pesquisas empíricas de Shiller em mercados de ações e bônus concluíram o contrário: uma alta relação do preço com relação ao dividendo em um ano costuma seguir uma queda em anos posteriores.
E esse modelo previsível a longo prazo foi confirmado depois por outros pesquisadores em muitos outros mercados.
Hansen desenvolveu uma ferramenta estatística, o Método Generalizado dos Momentos (GMM), para comprovar se os preços de ações históricas se ajustavam ao Modelo de Avaliação de Ativos Financeiros (CCAPM), o mais conhecido para conectar esses preços com as decisões dos indivíduos.
Sua conclusão foi que este modelo deve ser rejeitado, porque não pode explicar os dados, confirmando os achados preliminares de Shiller: os preços dos ativos oscilam demais.
Os três agraciados, que compartilharão 8 milhões de coroas suecas (US$ 1,3 milhão) do prêmio, figuravam nas apostas prévias, sobretudo Shiller, cujo nome está soando como candidato há anos.
Shiller nasceu em 1946 em Detroit, tornou-se doutor em 1972 no Instituto de Tecnologia de Massachusetts e hoje atua na Universidade de Yale.
Nascido em 1939 em Boston, Fama virou doutor em 1964 na Universidade de Chicago, à qual segue adscrito, da mesma forma que Hansen, 13 anos mais jovem e nascido em Illinois.
Fama, Hansen e Shiller sucedem no histórico prêmio seus compatriotas Alvin E. Roth e Lloyd S. Shapley, agraciados no ano passado por seus estudos de "engenharia econômica" sobre os mercados e seus problemas de projeto.
O Nobel de Economia, cujo nome real é Prêmio de Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel, foi adotado em 1969 pelo Banco da Suécia, que o financia, e é o único dos seis prêmios que não foi designado pelo magnata sueco que criou os prêmios há mais de um século.
A Real Academia das Ciências sueca é a encarregada de outorgar o prêmio, que tem a mesma dotação que o resto.
Os prêmios Nobel serão entregues em 10 de dezembro, aniversário da morte de seu criador. EFE
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