Varsóvia, 7 jun (EFE).- Anfitriã da Eurocopa 2012 junto com a Ucrânia, a Polônia fará nesta sexta-feira o primeiro jogo de sua segunda participação na história do torneio continental e terá pela frente a Grécia, seleção acostumada a estragar a festa de equipes que jogam em casa.
Em 4 de julho de 2004, os gregos entraram em campo no Estádio da Luz, em Lisboa, no papel de zebra e acabaram vencendo Portugal por 1 a 0 na final da Euro.
Na Polônia, a responsabilidade de liderar a busca por bons resultados em casa é do trio Jakub Blaszczykowski, Lukasz Piszczek e Robert Lewandowski, campeões alemães defendendo o Borussia Dortmund. A expectativa dos comandados do técnico Franciszek Smuda é aproveitar que o sorteio foi generoso, colocando-os em no grupo considerado mais fácil, e chegar pelo menos às quartas de final. Para isso, terá que passar também por República Tcheca e Rússia.
Principal estrela do futebol polonês, Lewandowski chega à Eurocopa em grande forma, com 22 gols em 34 partidas disputadas pelo Dortmund, e a torcida está convencida que o atacante se consolidará como um dos grandes camisas 9 do continente.
Por outro lado, a excessiva dependência de Lewandowski é justamente um dos problemas da equipe de Smuda, que costuma abusar dos lançamentos longos tentando fazer com que o centroavante resolva.
O treinador garantiu que conhece os pontos fracos da Grécia, e reitera que seus comandados estão motivados para a estreia, apesar de ninguém esconder que jogar em casa representa uma pressão para uma seleção que nunca venceu na Euro.
Na primeira vez que disputou o torneio, em 2008, a Polônia foi eliminada na fase de grupos com apenas um ponto em três partidas. Na época, a equipe contou com o brasileiro naturalizado Roger Guerreiro, que desta vez não foi convocado.
Na Grécia, como há oito anos, a força continua no sistema defensivo. Na busca pelo equilíbrio, o técnico português Fernando Santos pode escalar a equipe no 4-3-3.
Santos se mostrou confiante em seus jogadores, mesmo reconhecendo que alguns deles não chegaram à Polônia 100% fisicamente: "ninguém é muito melhor que nós", declarou.
Além da pressão do feito realizado em 2004 - embora apenas três campeões europeus estejam no elenco -, a seleção grega tem que lidar com os problemas de seu país, com uma economia em queda livre e às vésperas de eleições que deverão ser bastante tensas.
"Queremos mostrar aqui que o país funciona corretamente apesar das vozes contrárias que escutamos na imprensa estrangeira", criticou o presidente da Federação Grega de Futebol, Sófocles Pilavios.
Prováveis escalações:.
Polônia: Szczesny; Wasilewski, Wawrzyniak, Piszczek, Perquis; Polanski, Murawski, Blaszczykowski, Obraniak e Rybus; Lewandowski. Técnico: Franciszek Smuda.
Grécia: Sifakis; Torosidis, Papastathopoulos, Papadopoulos e Holebas; Katsounaris, Maniatis e Karagounis; Salpingidis, Gekas e Samaras. Técnico: Fernando Santos.
Arbitragem: Carlos Velasco Carballo (Espanha), auxiliado por seus compatriotas Roberto Alonso Fernández e Juan Carlos Yuste Jiménez. EFE