Paris, 1 mai (EFE).- O presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, reivindicaram nesta quarta-feira em Paris a instauração da união bancária europeia como uma das vias para apoiar o retorno do crescimento econômico.
Letta, que se reuniu com o presidente francês, declarou que "não há como perder tempo" na aplicação dos acordos europeus que respaldam a criação dessa união bancária, uma posição que recebeu um explícito apoio de Hollande.
O presidente francês estimou que, no próximo mês de junho, no Conselho Europeu, os líderes europeus terão que dar "sinais claros para defender o crescimento, mediante a coordenação de políticas econômicas e (sobre) a união bancária, com a qual estamos muito comprometidos".
O chefe do Estado francês insistiu que os países europeus necessitam alcançar a união bancária "segundo o calendário previsto" e disse que o plano de aplicação das medidas que apoiam o crescimento econômico "terá que se basear na realidade".
Hollande manifestou seu compromisso com "as reformas e a consolidação orçamentária" e defendeu que os países que têm excedentes em suas balanças, sem citar nenhum em particular, devem estimular o crescimento em outros países mediante ao apoio a sua demanda interna.
Na entrevista coletiva montada após o encontro, Letta manifestou que a escolha que os líderes europeus farão no Conselho Europeu do próximo mês de junho "não é alternativa à estabilidade orçamentária".
O primeiro-ministro da Itália, que chegou a Paris procedente da Alemanha, onde na se reuniu com a chanceler alemã, Angela Merkel, na última terça-feira, assegurou que sua relação com a chefe do governo germânico é "amistosa".
"Temos que fazer com que o conselho de junho seja um ponto de encontro de boas soluções para todos e tenho certeza que, se são boas para nós, também serão para Alemanha", concluiu Letta. EFE