Londres, 5 jun (EFE).- Durante a missa na catedral de Saint Paul, que foi realizada na manhã desta terça-feira e encerrará as atividades do Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, aproveitou a oportunidade para agradecer a monarca por toda sua vida de dedicação e serviço ao Reino Unido.
Sem contar com o marido - o duque de Edimburgo, que permanece internado desde ontem no hospital King Edward VII por causa de uma infecção na bexiga -, a Rainha compareceu à catedral londrina ao lado de Diana Marion, uma de suas senhoras de companhia, para participar das últimas atividades dos festejos de seus 60 anos de trono.
No lado de fora da catedral, milhares de cidadãos aguardavam a soberana com bandeiras britânicas. No momento em que Elizabeth deixou o carro, os presentes improvisaram um "Deus salve à rainha", acompanhado de uma sonora salva de palmas.
Com um vestido de seda em tom de verde, um chapéu e um xale ao redor do pescoço, Elizabeth II entrou na catedral minutos antes de iniciar a missa, precedida pela interpretação do hino litúrgico "Te Deum" por parte de um coro.
O ato foi dirigido pelo deão dessa catedral, David Ison, enquanto a leitura do sermão ficou sob responsabilidade do arcebispo de Canterbury. O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, assumiu a leitura do Novo Testamento.
Após quatro dias de celebrações reais, Williams se dirigiu aos congregados para remarcar que a dedicação da monarca aos demais "perdurou de forma fiel, tranquila e generosa" ao longo de suas seis décadas de reinado.
As celebrações do Jubileu de Diamante poderiam servir, segundo o arcebispo, para "motivar" o país a seguir o exemplo traçado pela rainha. Williams também dedicou parte de seu discurso ao duque de Edimburgo, marido de Elizabeth II, que continua em observação após sua internação em plena celebração do Jubileu de Diamante de sua esposa.
"A dedicação ao serviço de uma comunidade implica, sem dúvida, esse sentido bíblico de expulsão absoluta de objetivos egoístas, mas também supõe a abertura de uma porta em direção as riquezas compartilhadas", lembrou Wiliams em seu tributo a Elizabeth II, chefe de Estado de 16 nações e cabeça da Igreja britânica.
O arcebispo acrescentou que em todas suas aparições públicas, a soberana se mostrou "alegre com a felicidade dos outros" e ofereceu "honra para incontáveis comunidades locais e indivíduos de toda procedência, classe e raça".
"O mesmo pode se dizer do duque de Edimburgo. Nossas orações e nossos pensamentos estão com ele nesta manhã", afirmou.
No ato religioso na Saint Paul, Williams ainda fez questão de ressaltar que essas "seis décadas provam que um serviço público é possível e que é um lugar onde pode se encontrar a felicidade". EFE