Trípoli, 4 fev (EFE).- Pelo menos 13 pessoas, entre elas três trabalhadores filipinos e dois ganeses, morreram nesta quarta-feira em um ataque a um exploração petrolífera a cem quilômetros da cidade de Sirte, na Líbia, informaram fontes das forças de segurança locais.
A maioria das vítimas foi degolada pelos criminosos, que entraram armados no campo petrolífero de Al Mabruk, segundo as fontes.
A informação inicial era de que a exploração era controlada pela empresa francesa Total, mas fontes diplomáticas europeias confirmaram à Agência Efe que a petrolífera tinha abandonado o projeto e retirado seu pessoal em 2013 devido à perigosa e crescente deterioração da segurança.
Horas antes, uma porta-voz da Total também tinha afirmado à Efe que sua empresa não é operadora da usina - embora seja acionista -, que está sob a responsabilidade da Mabrouk Oil Operations, uma companhia dependente da companhia petrolífera estatal da Líbia.
As notícias sobre o ataque ao campo, agora sob o controle da Companhia Nacional de Petróleo líbia, circulavam desde esta manhã, mas não foram confirmadas até que uma força de segurança privada de uma área próxima retornou do local.
O campo se encontra em uma área desértica na qual se registrou atividade de movimentos jihadistas próximos à organização da Al Qaeda no Sahel (AQMI) e do Estado Islâmico, assim como de traficantes de armas, drogas e pessoas.
A Líbia vive uma situação de caos e confrontos armados desde que em outubro de 2011 foi derrubado o regime ditatorial de Muammar Kadafi.
Desde então, o país mediterrâneo está dividido, com um governo rebelde em Trípoli e outro internacionalmente reconhecido em Toubruk.
Ambos lutam pelo controle da política e dos recursos naturais, especialmente do petróleo, apoiados por seguidores do antigo regime, milícias islamitas e nacionalistas, líderes tribais e senhores da guerra.