SANAA (Reuters) - Os dois lados em disputa no Iêmen concordaram com um "conselho popular de transição" para ajudar a governar o país e a conduzi-lo para fora de uma crise política, disse o mediador da ONU, Jamal Benomar, nesta sexta-feira.
O acordo ocorre após a tomada do poder pelo movimento Houthi, uma milícia muçulmana xiita, que levou à renúncia do presidente no mês passado e paralisou a maioria das instituições pública do Iêmen.
"Esse progresso não é um acordo (final), mas um avanço importante que abre caminho para um acordo completo", disse Benomar em comunicado.
Como parte da nova fórmula, a Câmara dos Deputados do Iêmen, com 301 membros e formada na imensa maioria por parlamentares do antigo partido governista, mas simpática aos houthis, continuará funcionando.
Em vez de um uma câmara alta, o novo conselho de transição --cujos números não foram determinados- vai ser formada por setores tradicionalmente não representados entre o antigamente independente Sul do Iêmen, mulheres e jovens.
Juntos, os dois órgãos vão criar a legislação para guiar a transição no país.
O Iêmen vive uma crise de segurança desde que os houthis invadiram a capital Sanaa, em setembro, e começaram a impor sua vontade sobre o governo.
Os Estados Unidos fecharam sua embaixada em Sanaa devido a temores com a violência, assim como outros países, e temem que o vácuo político possa dar poder à afiliada local da Al Qaeda.
(Reportagem de Mohammed Ghobar)