ATENAS (Reuters) - O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, criticou nesta quinta-feira os parlamentares do seu partido, o esquerdista Syriza, por não concordarem com os termos do resgate da Grécia, alimentando ainda mais a especulação de uma reforma iminente do gabinete.
Um total de 38 membros do Syriza rejeitou ou se absteve na votação parlamentar na madrugada desta quinta-feira sobre reformas econômicas essenciais que o país endividado terá de conduzir para iniciar negociações com credores internacionais para um resgate multibilionário.
"A (escolha) deles foi na base da camaradagem, solidariedade e, nestes tempos cruciais, cria um trauma aberto", disse Tsipras a assessores, segundo uma autoridade do governo, nesta quinta-feira.
Apesar da revolta no Syriza, as reformas foram aprovadas com os votos do partido menor da coalizão governista e partidos da oposição, uma exigência dos credores para que possam considerar um resgate no valor de até 86 bilhões de euros.
Tsipras disse que está "comprometido" com o acordo, mesmo com um governo que tem efetivamente a minoria no Parlamento de 300 membros.
A crise nas fileiras do Syriza tem provocado especulação de uma remodelação do gabinete. Entre os 38 rebeldes do Syriza que votaram contra os termos do resgate estão dois ministros, incluindo o da Energia, Panagiotis Lafazanis.
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