SÃO PAULO (Reuters) - A demanda por voos domésticos no Brasil teve nova queda em março e a procura por voos internacionais recuou pela primeira vez em dois anos, apesar do número de passageiros transportados para destinos fora do país atingir o maior nível para o mês em 2 anos, informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em março, a demanda por voos domésticos caiu pela oitava vez seguida sobre mesmo mês do ano anterior. O recuo foi de 7,16 por cento. Já os voos internacionais tiveram retração na demanda de 1,2 por cento no período, diante do cenário cambial mais desfavorável e a crise econômica que atinge o país.
A agência explicou que o pico no embarque de passageiros para o exterior atingido em março, de 579,1 mil, ocorreu diante de reservas feitas anteriormente, o que não influencia a demanda, que é medida pelo nível de reservas feitas junto às companhias aéreas.
A associação de companhias aéreas Abear já havia divulgado tendência similar, com a primeira queda na demanda internacional em dois anos e novo recuo na demanda doméstica em março.
A GolA, por exemplo, suspendeu em fevereiro suas operações regulares para Miami e Orlando (EUA), Caracas (Venezuela) e Aruba. A Azul suspendeu planos de nova rota para Nova York e não tem previsão de começá-la em 2016.
A TAM, do grupo Latam, encerrou março com uma fatia de 36,8 por cento dos voos domésticos, ante 37,6 por cento no mesmo período de 2015. A participação a Gol no mês passou de 34,2 para 32,6 por cento. No mercado internacional, a TAM elevou a participação de 77,7 para 79,4 por cento, enquanto a Gol reduziu de 14,9 para 13,6 por cento.
A Azul manteve a participação no mercado doméstico em 17,8 por cento e a Avianca Brasil elevou a fatia de 9,6 para 11,8 por cento, segundo os dados da Anac desta segunda-feira.
(Por Alberto Alerigi Jr.)