Investing.com - Os preços do petróleo foram negociados em uma alta de mais de uma semana nesta quinta-feira, ampliando os fortes ganhos alcançados durante a madrugada, após dados terem mostrado que as reservas de petróleo dos EUA caíram pela terceira semana consecutiva, impulsionando a perspectiva para a demanda do maior consumidor mundial da commodity.
Outro fator favorável foi a greve de um dos petroleiros na Noruega, que ameaçou cortar a produção de petróleo do Mar do Norte, assim como a forte fraqueza do dólar.
Os preços do petróleo normalmente ficam mais fortes quando a moeda dos EUA enfraquece, porque as commodities vendidas em dólar ficam mais baratas para os detentores de outras moedas.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo com vencimento em novembro atingiu uma alta da sessão de U$ 45,88 por barril, o nível mais alto desde 13 de setembro.
O petróleo foi negociado a US$ 45,81 por barril, às 04h52 ET (08h52GMT), uma alta de 46 centavos, ou 1,01%, após ter subido US$ 1,29, ou 2,93% na quarta-feira após a divulgação de dados em grande parte otimistas sobre as reservas dos EUA.
De acordo com a U.S. Energy Information Administration. as reservas de petróleo bruto caíram 6,2 milhões de barris na semana passada, para 504,6 milhões, surpreendendo os analistas do mercado que esperavam um aumento de 3,35 milhões de barris.
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina caíram 3,204 milhões de barris, em comparação com as expectativas para uma queda de 0,567 milhão de barris, ao passo que os estoques de destilados subiram 2,238 milhões de barris, em comparação com as projeções para uma alta de 0,250 milhão.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em novembro subiram 44 centavos, ou 0,94%, sendo negociados a US$ 47,27 por barril, após terem tocado US$ 47,36, um nível não visto desde 14 de setembro. Na quarta-feira, os futuros de Brent negociados em Londres subiram 95 centavos, ou 2,07%.
Os traders de petróleo continuaram avaliando as perspectivas de que as principais nações produtoras de petróleo congelarão a produção para apoiar o mercado em uma reunião na próxima semana.
Os membros da OPEP, liderados pela Arábia Saudita e outros grandes exportadores do Oriente Médio, participarão de uma reunião com os produtores não OPEP, liderados pela Rússia, nas negociações informais na Argélia, entre 26 e 28 de setembro.
De acordo com especialistas do mercado, as chances de que a reunião renderia qualquer ação para reduzir o excesso mundial pareceram mínimas. Em vez disso, a maioria acredita que os produtores de petróleo continuarão monitorando o mercado e, possivelmente, adiarão as negociações para o congelamento até a reunião oficial da OPEP em Viena, em 30 de novembro.
Uma tentativa conjunta de congelar os níveis de produção no início deste ano falhou após a Arábia Saudita ter recuado em decorrência da recusa do Irã de participar da iniciativa, ressaltando a dificuldade dos rivais políticos em chegar a um consenso.