BRUXELAS (Reuters) - A Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, divulgou um de seus trimestres mais fracos em anos, com piora de margens pressionada por vendas menores diante da recessão no Brasil, atraso nos aumentos de preços e hedges cambiais.
A fabricante de marcas como Budweiser, Corona e Stella Artois também cortou previsão para o crescimento da receita do ano inteiro, após as vendas caírem pelo quarto trimestre consecutivo em seu segundo maior mercado, o Brasil.
"A maior parte de nossos mercados apresentou resultados sólidos. No entanto, esses resultados foram negativamente impactados por um trimestre muito fraco no Brasil", disse o diretor financeiro da empresa, Felipe Dutra.
Desse modo, a cervejaria com sede na Bélgica já não espera que a receita de 2016 no Brasil fique estável e reduziu a previsão geral para o faturamento por hectolitro para crescimento em linha com a inflação ante uma previsão anterior de alta acima da inflação.
A AB Inbev disse que o lucro no terceiro trimestre caiu 2 por cento, para 4,03 bilhões de dólares, abaixo da média de previsões de analistas de 4,43 bilhões de dólares, segundo pesquisa da Reuters. Foi o primeiro declínio anual desde que a AB InBev foi formada com a aquisição da Anheuser-Busch pela InBev em 2008.
(Por Philip Blenkinsop)